Anuário ABLA | 2012

25 Anuário ABLA 2012 Negócio As consequências do pacote de medidas para o setor de locação de veículos são indiretas, mais do que nunca, as locadoras precisam de uma atenção especial do BNDES para alavancar os investimentos necessários e assim preparar essa esfera do setor dos transportes. O Ministério da Fazenda estima que a desoneração represente renúncia fiscal de R$ 7,2 bilhões, sendo R$ 4,9 bilhões só em 2012. Trata-se de dinheiro que deixará de migrar dos cofres das empresas em direção a Brasília. Ou seja, dinheiro que poderá e deverá ser reinvestido no próprio negócio para capitalizar as empresas. Com isso, é possível projetar que parte desses recursos possa ser direcionado para a locação de veículos, ampliando o mercado do nosso setor junto às pessoas jurídicas. Quanto às pessoas físicas, o pacote de medidas foi um claro sinal do posicionamento do governo em relação à crise internacional que abala países da Europa e também os Estados Unidos. Ou seja, o Brasil não vai enfrentar a crise à custa do emprego do trabalhador brasileiro. O País precisa de um mercado interno equilibrado e sólido para assegurar o emprego e a inclusão de mais consumidores. À medida que crescem emprego e renda, cresce também a demanda de mais pessoas pelas atividades de turismo e lazer, consequentemente abrindo perspectivas positivas também para o rent a car. Mas as medidas do Plano Brasil Maior vão além da desoneração tributária. A presidente Dilma Rousseff anunciou a criação de 19 Conselhos de Competitividade cuja missão é propor ações para estimular o setor produtivo. Os Conselhos reunirão representantes do governo, das empresas e dos trabalhadores e discutirão os temas setorialmente. Os primeiros resultados das medidas devem aparecer com mais ênfase a partir do segundo semestre de 2012, mas mostram que o governo vem agindo dentro da realidade. São medidas importantes para que possamos aumentar nossa competitividade como um todo, e também a competitividade das locadoras de veículos, em particular. O Brasil já deu mostras em 2008 de que está atento aos movimentos do mercado internacional e tem tomado medidas de acordo com a realidade de cada momento. Agora, novamente, as medidas anunciadas pelo Governo Federal têm tudo para dar certo e manter o país na rota do desenvolvimento, com garantia de empregos, geração e distribuição de renda. Cabe ao nosso setor estar, desde já, bem preparado para absorver as demandas que estão por vir.

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