Anuário ABLA | 2012

63 Anuário ABLA 2012 FENALOC e trabalhistas nunca serão entendidas com a profundidade necessária, o que dificulta a busca de soluções. Portanto, enquanto estivermos a reboque de organizações que não estejam voltadas totalmente para nossa atividade, seremos no máximo coadjuvantes e nunca protagonistas de nossa própria história. Tenho certeza que devemos e podemos buscar mais. O sentido da existência da Fenaloc não está no fato do que ela pode fazer pelo setor, mas pela força de sua representatividade, e por nos trazer nossa identidade. Enfim, por ser a sinergia que une todo o setor, coordenando os esforços dispersos dos sindilocs numa força transformadora de nossas realidades. Só a Fenaloc nos trará o princípio de autoridade que nos fará honrar nossos compromissos e alianças firmadas. Assim seremos fortes e poderemos influenciar e transmitir nossos valores. É claro que não temos a estrutura que estas federações detêm hoje, mas será que quando elas nasceram não passaram pelas mesmas dificuldades? Entendo que vivemos em uma época em que a ansiedade do imediatismo turva nossa visão de processo. Estamos na era do “fast”, das repostas rápidas, do fastfood, em que a rapidez é mais valorizada que solidez. Queremos gozar do benefício sem nos submetermos aos processos, porém, tenho a experiência de saber que nenhum fruto pode ser colhido antes do tempo; que do plantio à colheita tudo tem seu devido tempo; que qualquer intervenção durante o processo pode comprometer cabalmente os resultados. Por mais frágil que seja a semente ela já carrega todo o código, todos os princípios, toda a determinação da árvore e dos frutos, ou seja, a fundamentação dos processos. Assim, mais do que saber onde podemos chegar, temos que ter a certeza de onde viemos, mais do que aquilo que seremos, a consciência do que já somos. Quando somos escolhidos a liderar processos temos a obrigação de corrigir estas distorções de entendimento. Mesmo correndo o risco da crítica e da incompreensão temos de avançar; mesmo quando tivermos bons motivos para desistir devemos preservar. Não podemos deixar que a nossa percepção da realidade momentânea de impossibilidade seja fator limitador de um futuro brilhante. Que Deus esteja conosco nesta jornada.

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