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Anuário ABLA 2012
Editorial
Empreendedorismo
e Oportunidades
Paulo Gaba Jr.
Presidente do Conselho Nacional - ABLA
As oportunidades do Brasil de hoje têm despertado o es-
pírito empreendedor que estava adormecido nos brasileiros.
O aumento da escolaridade provocou uma mudança de ati-
tude. Os brasileiros que, antes, abriam uma empresa por
“falta de opção profissional”, hoje têm o desejo e o sonho
de empreender.
A consequência disso para o nosso e para outros setores
da economia é uma avalanche de novas empresas sendo
abertas todos os dias. Apesar de ter diminuído bastante o
número de empresas que fecham durante os dois primeiros
anos de existência, os novatos em nosso ramo precisam de
orientação profissional correta para seguir bem. O papel da
ABLA não é o de desestimular novas empresas a entrarem
no setor para diminuir a concorrência, mas o de orientar es-
ses empreendedores para que o ramo continue sendo visto
como promissor e profissional. Nesse sentido, o PQA – Pro-
grama Nacional de Capacitação e Qualificação ABLA – foi
fundamental e o ano de 2012 contará com o novo programa
de formação de preços e custos, em âmbito nacional.
A falsa ideia de crédito fácil e barato para automóveis
certamente estimulou alguns novos empreendedores a se
aventurarem na locação de veículos, mas as dificuldades de
acesso ao crédito continuaram em 2011, por conta da crise
internacional.
Tendo em vista que a boa administração do negócio
de aluguel de carros exige uma gestão presente e intensa,
acredito muito nos empreendedores locais e regionais, tanto
com marcas próprias quanto na qualidade de franqueados
de redes de locação. Sempre que perguntado se acredito na
consolidação deste mercado na mão de poucas empresas
respondo que NÃO, convicto de que, apesar de termos uma
tendência mundial para diversos setores, ela não se aplicará
regionalmente e em nosso caso. Não podemos confundir
poucas empresas com balcões em aeroportos com termos
poucas empresas no ramo; são clientes e necessidades es-
pecíficas e existe espaço para todos.
As locadoras regionais crescem, em média, o DOBRO
daquelas dos grandes centros, tanto em frota quanto em cli-
entes e faturamento, devido à popularização da atividade.
E têm sido responsáveis também pelo crescimento pujante
e contínuo de nosso setor. Seja por atendimento às deman-
das de Infraestrutura, seja por popularização do segmento,
nossa atividade está cada vez mais presente na vida dos
brasileiros.
E em 2011 não foi diferente! Apesar do contexto ex-
terno, o setor teve seu crescimento e faturamento acima da
média de muitos outros, demonstrando que o conceito do
aluguel de carros está cada vez mais presente.
O que falta? Crédito! O papel dos Bancos das Montado-
ras e bancos parceiros nessa engrenagem será fundamental,
como é em todo o mundo. A globalização chegou ao Brasil
e, assim, as práticas internacionais e as taxas globais pre-
cisam chegar também! A enxurrada de lançamentos feita
pelas montadoras precisa ser testada e aqui está o melhor
parceiro para isso!
Falta algo mais? SIM, aumentarmos a parceria das mon-
tadoras com o setor. O setor de aluguel de veículos traz mui-
tas oportunidades para as montadoras, “novas ou antigas”,
e o aproveitamento delas reflete diretamente em aumento
de participação de mercado pela montadora. Recado dado?
Boa leitura desse nosso Anuário, que traduz em números
as ações e parcerias de 2011, com resultados muito positivos
para a cadeia produtiva da indústria, dos transportes, do co-
mércio e do turismo!