Anuario ABLA - 2015

89 Vinícius Lages também fala sobre as vantagens de o brasileiro viajar pelo próprio País, ao invés de ir para o exterior. De início, rechaça a impressão de que os custos do turismo interno sejam mais caros. Segundo ele, a diferença está no planejamento. “As viagens internacionais são intensamente planejadas e há uma dedicação especial a pesquisas de preço de voos, hospedagem e tíquetes de entrada para os principais atrativos, até mesmo por conta da diferença na moeda e da expectativa com uma cultura nova. Tenta-se prever os mínimos detalhes, com mapas, telefones, guias de viagem, o que é muito certo e deve valer para qualquer viagem que se fizer.” No seu entender, o mesmo não ocorre nas viagens pelo Brasil. Nesse caso, “somos extremamente imediatistas, mesmo sabendo que a compra de passagens e reserva de hotel sem alguma antecedência pode aumentar o preço e até mesmo inviabilizar a viagem”. Vale ressaltar que é possível, inclusive, comprar pacotes turísticos que incluam a locação de veículo e pagar tudo parcelado. Havendo planejamento, quando a viagem for realizada, a maior parte dos custos já terá sido paga. O ministro esclarece: “Não acho que viajar para o exterior não seja bacana, até mesmo porque viajar é sempre uma experiência ímpar, construtiva e até desafiadora. Mas há uma tendência em comparar preços e qualidades, esquecendo-se do principal: do que temos de mais original, do que há aqui e em nenhum outro lugar do mundo. Um Nordeste que é a própria versão tropical do paraíso; o Norte, que tem uma das gastronomias mais incríveis e exóticas do país; o Sul, que é um celeiro de história, cultura, originalidade e tradições; o Sudeste, com uma amostra integral do que há de melhor no Brasil, do samba aos negócios; e o Centro-Oeste, com áreas de preservação de flora e fauna tão ricas e raras. De diversidade, definitivamente, não podemos reclamar”. No seu entendimento, porém, luxo mesmo é conhecer o seu próprio país. E conclui: “Eu poderia enumerar muitos motivos pelos quais acho elegante, divertido e autêntico viajar pelo Brasil. Há mais um, que não posso deixar de mencionar: é a nossa identidade que nos coloca no mundo. Precisamos mostrar aos brasileiros que há um mundo inteiro a visitar dentro do nosso país”. Ao falar mais sobre as perspectivas do turismo para este ano, Vinícius Lages diz que “entre as principais diretrizes de atuação do governo federal estão a busca pela inserção do turismo na agenda econômica; a conectividade aérea, marítima, fluvial e terrestre; as parcerias intersetoriais estratégicas e a reaproximação da iniciativa privada e governos locais”. Também fazem parte do planejamento “a mudança no modelo de investimento e de promoção do destino Brasil, o novo olhar sobre educação e qualificação no setor e a abertura para novos mercados e negócios”. Para o turista internacional, o Brasil é um país moderno e democrático e em franco desenvolvimento. Uma nação jovem, alegre, acolhedora e em ascensão não só no turismo, mas em áreas de alta competitividade no mundo – como indústria e tecnologia. Segundo o Ministério do Turismo, essa imagem é resultado de um árduo trabalho desenvolvido pela Embratur nos últimos anos. “Depois da Copa, a satisfação com a experiência dos estrangeiros por aqui ficou ainda mais nítida. Em pesquisa realizada durante o campeonato, cerca de 85% dos turistas internacionais que vieram ao Brasil afirmaram que a visita superou ou atendeu plenamente às expectativas. Além disso, 95,3% deles disseram que pretendem voltar. Então a conclusão é muito simples: tudo o que já se sabia e se pensava de bom sobre o Brasil pôde ser testado e provado, de perto”, comemora Vinícius Lages. “Nossa Copa das Copas foi elogiada unanimemente, resultando em inegável ganho de imagem, o que aumenta a nossa responsabilidade em melhorar até mesmo naquilo em que já somos ótimos”, complementou. Ele também considera importante destacar que os estrangeiros sabem por que seguimos como referência em turismo de sol e praia, “uma vocação natural considerando nossos mais de 7 mil quilômetros de litoral com pelo menos duas mil praias”, mas já aprenderam que o Brasil vai muito além disso. “Aqui eles procuram ecoturismo (temos 69 parques nacionais), turismo de negócios (somos o nono país que mais recebe congressos e convenções internacionais), turismo rural, turismo de pesca, turismo esportivo, o turismo cultural, religioso e por aí segue a lista”, resume o ministro. Melhor imagem Segundo o Ministério do Turismo, visitantes internacionais elogiaram o País e disseram que pretendem retornar

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