Revista Locação 92

15 Entrevista Romero Tavares, sócio da PWC e especialista na área tributária, falou sobre os impactos da refor- ma tributária ao serviço AB Plan On, da Automo- tive Business: CONFIRAM ALGUNS TRECHOS DE SUA ANÁLISE: “O que está sendo proposto é bom para o país e tende a ser bom para a indústria. Mas será um ajuste muito doloroso. Será um sistema totalmen- te novo, com uma transição longa, durante a qual teríamos um novo imposto, teoricamente muito melhor, não-cumulativo, equivalente ao IVA que outros países já adotam há muitas décadas”. “Ao mesmo tempo em que esse novo imposto vai sendo majorado ao longo de dez anos, todos os outros serão diminuídos. Seria um fade out do velho sistema convivendo com um fade in do novo sistema”. “Conceitualmente, esse novo tributo é bom. Não estamos reinventando a roda, isso já funciona em outros países. Será um tributo transparente, neutro, recolhido na nota fiscal na ponta, seja da venda de veículo ou de qualquer outra operação. Conduz a uma organização melhor da economia. Tende a ser favorável para todo mundo. Será um novo Brasil”. “Toda a cadeia de suprimento, desde o minério até o produto final, precisa funcionar bem para dar certo. Todos os tributos que vão incidindo ao longo dessa cadeia, em cada etapa, precisam ser recuperáveis. Não pode haver acúmulo de crédi- tos; se houver, deve ser restituído pelo governo.” “Diante das restrições orçamentárias reais do Estado, com déficits fiscais enormes, é muito difí- cil imaginar que haverá essa fluidez toda do novo sistema na prática. A expectativa é que funcio- ne, com os mecanismos que estão sendo criados para sua implantação, mas existe uma apreensão quanto a essa materialização.” “Outra dificuldade é conviver com os proble- mas atuais do atual sistema durante a transição. A indústria possui um grande volume de créditos acumulados que não são restituíveis, que não con- segue recuperar e acaba sendo mais um custo de produção.” Os dilemas do novo sistema ativa. Os valores perdidos com esses problemas serão recuperados com o novo sistema, propor- cionando um ganho de R$ 500 bilhões por ano. Ou seja, ao recuperar esses valores que hoje não são arrecadados, dada a complexidade do sis- tema tributário, a gente evita a adoção de altas alíquotas de impostos. Haverá uma diminuição da carga tributária global. Assista ao vídeo com mais explicações do economista Luiz Carlos Hauly sobre a reforma tributária: https://www.youtube.com/ atch?v=tFMiDJOUpiE

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