Revista Locação 92

39 EM MEIO à pandemia do novo coronavírus, o setor de locação sofreu grandes impactos no aluguel di- ário, na locação para motoristas de aplicativos e na terceirização. Em Minas Gerais não foi diferen- te. Quem confirma é o diretor regional da ABLA e do SINDLOC no estado, Leonardo Soares. Para ele, o principal motivo é o fato de que algumas ci- dades, incluindo Belo Horizonte, ainda estarem na fase mais restritiva do isolamento social. E tam- bém porque só a partir do final de maio é que a atividade de locação começou a ser efetivamente considerada essencial em Belo Horizonte. Leonardo acredita que essa inclusão foi o prin- cípio de uma leve melhora. “Ainda não é possível ter uma previsão concreta, mas acredito numa melhora mais acentuada, principalmente na loca- ção para motoristas de aplicativo. Esse nicho vai ajudar na retomada do crescimento de frota e de faturamento”, afirma. O diretor da ABLA conta que as locadoras mi- neiras precisaram se reinventar, protegendo cai- xa, entrando em negociação com bancos e forne- cedores, e vendendo ativos. Para ele, o contato da associação com essas empresas foi essencial para reduzir os danos no setor. Na visão do diretor, a estrutura geográfica do estado também pode ajudar em uma recupera- ção mais rápida. Primeiro, porque várias locado- ras de Minas Gerais são voltadas para a área da mineração, muito presente na região. Essa ativi- dade foi minimamente afetada. Outro ponto é a retomada do turismo, em es- pecial o local, que pode ser um ponto positivo também para as locadoras. “Minas Gerais ofere- ce muitas opções de viagens domésticas, cidades históricas, fontes termais. A expectativa é que as pessoas, nesse primeiro momento, prefiram esse tipo de viagem, de carro, a viagens longas, de avião”, avalia Leonardo. Em sua avaliação, as entidades do setor são fundamentais no apoio às locadoras, principal- mente as de pequeno e médio porte. “Entida- des como a ABLA são um porto seguro, infor- mam sobre tendências do mercado, alertam sobre riscos, estimulam e fazem acordos e par- cerias”, finaliza. DIRETOR DA ABLA NO ESTADO ACREDITA NO PODER DAS ENTIDADES PARA ENFRENTAR SITUAÇÕES DE CRISE

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