Revista Locação 94

29 PAGO QUANDO PUDER os bancos tiveram de lidar com uma situação to- talmente nova. "Apesar de termos enfrentado um ano desafiador, foi possível segurar a inadimplên- cia no mercado de financiamento de veículos e mantê-la sob controle", assegura ele. Os dois executivos acreditam que haverá, provavelmente, um aumento da inadimplência nos próximos meses. Rodrigo, da Volkswagen, delimita o primeiro semestre deste ano para que isso ocorra. "O cenário está voltando ao normal neste momento, mas precisamos consi- derar que há impactos dos ajustes de estrutura e pessoal feitos pelas empresas que vão rever- berar lá na frente", pondera ele. Na sua opi- nião, as expectativas para o segundo semestre são positivas. Para Rodnei, do Itaú, existe a possibilidade de haver leve alta nos índices nos próximos meses por conta das carências concedidas para parte dos clientes durante a pandemia, somada a um eventual impacto da elevação nos níveis de de- semprego. "Contudo, dificilmente chegaremos aos patamares de inadimplência vistos em crises passadas, graças ao amadurecimento deste mer- cado", diz ele. O diretor do Itaú acrescenta que as taxas de juros baixas e níveis de aprovação adequados ao perfil de risco da carteira permitem que o merca- do tenha perspectivas positivas para que o seg- mento de financiamento de veículos apresente um crescimento sustentável em 2021, com a ma- nutenção do volume de demanda por parte da po- pulação e com a disponibilidade de crédito aliada ao controle da inadimplência por parte das insti- tuições financeiras. "O setor ainda possui espaço para crescer", afirma. "O mercado está mais preparado. Tem mais disciplina e gestão, fundamentos que, a longo pra- zo, são essenciais para superarmos mais essa cri- se", finaliza Rodrigo. caixa", lembra ele. Em sua análise, ele também identificou que as empresas do setor mais re- silientes foram aquelas que tinham um planeja- mento a longo prazo. Por sua vez, Rodnei Bernardino de Souza, di- retor do Itaú Unibanco, ressalta a capacidade que RODNEI: "O SETOR AINDA POSSUI ESPAÇO PARA CRESCER"

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