Revista Locação 97

26 Mercado PODE-SE DIZER que os veículos alu- gados pela Holding LGR (Loca- dora Grillo e Ribeiro) fazem parte da paisagem do Rio de Janeiro. Afinal, a essência do grupo é a terceirização de frota de cami- nhões e máquinas pesadas para a Linha Amarela, importante via expressa que cruza vários bairros da cidade, fornecendo caminhões leves, semipesados e pesados, além de retroesca- vadeira, tratores e guindastes. Agora, outro modelo de negócio surgiu no horizonte da empresa com o leaseback. A Grillo e Ribeiro realizou uma operação de leaseback (aquisição da frota de cami- nhões de uma companhia, com locação dessa frota para a mes- ma empresa, que assim se torna cliente da locadora). A operação foi concretizada com um dos maiores players do setor elétri- co no Brasil. "Nós já possuíamos frota com o cliente, então alinhamos a aqui- sição dos caminhões com o aval da empresa em nos vender a des- pesa futura para liquidação dos financiamentos. Esse pagamento foi realizado à vista", conta Paulo BONS NEGÓCIOS COM O NOVO MODELO Roberto de Azevedo Filho, diretor de novos negócios da locadora, dando mais detalhes do negócio. "Devido ao momento atual da pandemia, percebemos que mui- tos dos nossos clientes estavam com dificuldade de fluxo de cai- xa e, ao mesmo tempo, possuí- am parte de sua frota própria. Também sabemos da dificulda- de do cliente em obter crédito junto às instituições financeiras. O leaseback surge como uma solução para o cliente e estrei- tamento do relacionamento co- mercial", completa Paulo. Segundo ele, foi preciso mo- delar o projeto de aquisição de frota própria, tanto a parte qui- tada quanto a porção financia- da. "O negócio ajudou o cliente a alcançar mais viabilidade em seu core business e, ao mesmo tempo, ampliou nossos contra- tos com a frota já existente com a empresa", explica. Em fase de alinhamento final, o novo contrato terá duração de 36 meses. Enquanto isso, a loca- dora avalia novos negócios com o leaseback. "Entendemos que muitos clientes ainda possuem frota própria e a melhor forma de viabilizar a mudança para a frota terceirizada é por meio da aquisição dos ativos pela loca- dora e substituição no lead time por caminhões zero quilômetro. Esse modelo traz praticidade para o cliente, que não precisa se preocupar em vender a fro- ta para renovação. A frota está sempre renovada e o cliente estará focado em seu core bu- siness", avalia Paulo. Ele conta que, nos Estados Unidos, o lea- seback é mais conhecido.

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