Anuario Brasileiro do Cobre | Brazilian Copper Yearbook 2020

2020 Anuário Brasileiro do Cobre Brazilian Copper Yearbook 18 SINDICEL: novas perspectivas ENTREVISTA INTERVIEW O setor do cobre vive a expectativa de uma retomada da economia no país e, consequentemente, do crescimento da indústria. E é também neste contexto que o presidente do Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo – SINDICEL, Carlos Alberto Cordeiro, que está no terceiro mandato à frente da entidade. Nesta entrevista, Cordeiro descreve os desafios do Sindicel e sua visão sobre os desdobramentos políticos e econômicos. O senhor está no terceiro mandato de um importante segmento do setor do cobre, o Sindicel. Quais os projetos para esta gestão? A demanda do setor é sempre para equiparar a igualdade de oportunidades entre os nossos asso- ciados. Este é o nosso foco. Existe, não só no nos- so setor, práticas desleais ao livre comércio, à livre concorrência. Há um hábito de se fazer o material não conforme no setor do cobre. Nosso produto é um item de segurança, que tem uma homologação com- pulsória. O setor precisa ter uma ação mais efetiva em relação a isso. Esta continua sendo a nossa bandeira nesta nova gestão. Nós tivemos várias ações nesse sentido e os associados pedem para que não interrompamos o trabalho. Infelizmente, é preciso monitorar esses pro- dutos não conformes e tentar erradicá-los. Estamos tomando medidas neste sentido. Nós buscamos o Ministério Público e fizemos mais de 600 denúncias. Esperamos e, no fim do meu segundo mandato, começamos a perceber os efeitos práticos. Isto é uma questão muito séria, pois esta- mos lidando com responsabilidade e segurança. Quais os outros entraves enfrentados pelo setor? É preciso criar normas para as instalações, para aplicar os condutores com a bitola certa para deter- minada potência. Isto ainda não existe no Brasil e nós queremos implementar, porque a má instalação dos condutores, por exemplo em aquecedor ou ar-condi- cionado, pode incendiar uma casa. Através da FIESP e do CREA, estamos trabalhan- do para criar uma norma para estas questões. O Pro- grama Casa Segura é um aliado neste quesito. Outra demanda que temos é em relação à entra- da de materiais (importação), que muitas vezes não atendem às normas brasileiras. Então, infelizmente, isto atrapalha todo este trabalho que estamos fazen- do contra os materiais não conformes. Por meio do Sindicel, estamos engajados em prol da queda dos impostos para as empresas. Entendo que as indústrias são como o motor da nossa economia, são os geradores de riqueza. As empresas precisam investir para crescer. Esse é o nosso posicionamento e estamos defendendo-o junto à FIESP, à CNI e à nossa diretoria, que está alinhada nestes pensamentos.

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