Com assinaturas de quase 200 congressistas, FPLoc significa mais força para a defesa dos direitos das locadoras na Câmara dos Deputados FRENTE PARLAMENTAR DAS LOCADORAS JÁ É UMA REALIDADE! Ano XXII | #121 | 2025 | JULHO / AGOSTO Entrevistamos Érica Marcos, da área ambiental da CNT 08 Expedição ABLA & Ford PRO desbravou o Mato Grosso 22 EXPO ABLA 2025 está com inscrições abertas 06 Fala, Associado! Traga sua locadora para a ABLA 29
2 CONSELHO GESTOR Marco Aurélio Gonçalves Nazaré, presidente Paulo Miguel Jr., vice-presidente Dirley Ricci, Lívia Cravo de Villar, Luciano Miranda Chagas, Luiz Felipe Nemer, Lusirlei Albertini, Tercio Gritsch. CONSELHO GESTOR (SUPLENTES) Eduardo Ignácio, Eládio Paniagua Jr, Jacqueline Moraes de Mello, Saulo Tomaz Froes. CONSELHO FISCAL Alvani Laurindo, Claudio Rigolino, Paulo Bonilha Jr. CONSELHO FISCAL (SUPLENTE) Daniel Bittencourt, Maria Helena Teixeira Lima CONSELHO DE EX-PRESIDENTES Adriano Donizelli, Paulo Gaba Junior e Paulo Nemer. DIRETORA EXECUTIVA Francine Evelyn EXPEDIENTE CURTA NOSSA PÁGINA FACEBOOK.COM/ABLABRASIL INSCREVA-SE NO YOUTUBE @ABLABRASIL SIGA NO INSTAGRAM @ABLABRASIL SIGA-NOS NO X X.COM/ABLA_BR COORDENAÇÃO GERAL Olivo Pucci e Francine Evelyn. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS – ABLA www.abla.com.br / email: abla@abla.com.br São Paulo: Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar CEP 04011-904 – (11) 5087.4100. Brasília: SAUS Quadra 1 – Bloco J – edifício CNT sala 510 – 5º andar – Torre A – CEP 70070-010 (61) 3225-6728. COORDENAÇÃO EDITORIAL Em Foco Comunicação Estratégica E-mail: revista@abla.com.br | (11)3819-3031 Editor: Nelson Lourenço [MTB 22.899] Textos: Carolina Maia, Aurea Figueira, Anderson Hanz e Nelson Lourenço www.agenciaemfoco.com.br ARTE Ricardo Villar Martins A Revista Locação não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados. Permitida a reprodução das matérias, desde que citada a fonte. Fotos: Freepik, exceto quando mencionado
3 UM RETRATO DA FORÇA DO SETOR A nossa edição 121 está repleta de reportagens que refletem a pujança da atividade de aluguel de veículos. A matéria de capa trata exatamente disso, a partir da criação e do lançamento, em Brasília (DF), da Frente Parlamentar das Locadoras (FPLoc), que também é resultado do diálogo cada vez mais frequente entre a ABLA e os seus diversos públicos. Reforçando a relevância da locação para a mobilidade, economia e sustentabilidade, nesta edição também já projetamos o futuro: vem aí a EXPO ABLA 2025, ainda maior, mais conectada e com novidades. Por outro lado, revivemos um pouco da história desse grande evento, com imagens de edições que ficaram na memória. Na nossa seção Entrevista, ouvimos a Erica Marcos, que falou como a preocupação com a emissão de gases de efeito estufa pode impactar as empresas do setor de transporte no Brasil. A gerente executiva ambiental da CNT mostra o quanto as locadoras também precisam começar a dar atenção a tais movimentos. Já a segurança da frota segue em destaque na revista, com as novas estatísticas do Índice Odeen de Recuperação de Veículos, sobre roubos, furtos e apropriações indébitas. E temos, ainda, outros dois artigos muito interessantes: o do Ítalo Santana, diretor da Mobility Contabilidade, sobre a importância do planejamento tributário; e do advogado Alberto Nemer, que alerta sobre um novo risco relacionado aos recursos humanos das micro e pequenas empresas. Vale conferir! Quer mais? Pois bem. Embarcamos com a Ford PRO numa expedição pelo Mato Grosso, a bordo da Ranger XL, visitando locadoras de norte a sul, leste e oeste do estado; e, por fim, também estamos trazendo, nesta edição super caprichada, as informações sobre os híbridos leves fabricados no Brasil. Boa leitura! EDITORIAL
4 NA FRENTE Ainda maior e mais relevante, vem aí a EXPO ABLA 2025 06 16 08 18 20 22 26 29 FROTA As mais recentes estatísticas do Índice Odeen de Recuperação de Veículos CONTABILIDADE Com Ítalo Santana, diretor da Mobility Contabilidade para Locadoras OPINIÃO Dr. Alberto Nemer trata de um novo risco para as micro e pequenas empresas BRASIL VIAGEM Tudo sobre a nossa expedição pelo Mato Grosso, a bordo da Ford Ranger XL POR DENTRO Os híbridos leves nacionais: Tiggo, Fastback, Pulse e Corolla FIM DE PAPO Palavra aberta aos associados da ABLA ENTREVISTA Erica Marcos, gerente executiva ambiental da CNT Clique nos números para ser direcionado para a página correspondente. CAPA FPLoc reflete a crescente importância da locação de veículos no país 10
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6 AQUECIMENTO PARA A EXPO ABLA 2025 NA FRENTE A EXPO ABLA vem aí e, entre as novidades deste ano, chega com 50% de desconto na inscrição para todas as pessoas que trabalham em empresas de aluguel de carros, inclusive sócios e proprietários de locadoras que ainda não são associadas da entidade. Para as empresas que já são sócias adimplentes, a ABLA também assegura, com exclusividade, um ingresso gratuito por CNPJ. Conforme a diretora executiva da associação, Francine Evelyn, a Expo 2025 ocupará uma área ainda maior que a do ano passado, com aproximadamente 12 mil metros quadrados. “Teremos as principais montadoras presentes”, adianta. “Serão por volta de 70 expositores, que vão trazer produtos, serviços e soluções para locadoras que só esse evento é capaz de proporcionar”. Em relação às palestras, debates e apresentações temáticas, acrescenta Francine, que Edição do ano passado teve recorde de público, de expositores e de apoiadores também é responsável pela comercialização e operacionalização do evento, “haverá um palco em 360 graus, possibilitando que até quatro conteúdos estejam acontecendo ao mesmo tempo. Também vamos ter as ‘pílulas de conteúdo’, que são apresentações mais rápidas, ágeis, com assuntos específicos e práticos, que vão entrar nos intervalos da programação”, adianta ela. Tudo isso foi pensado com base em pesquisas com associados e com participantes das edições anteriores. “O importante é que as abordagens serão mais práticas, ou seja, também queremos trazer o que pode ser utilizado no dia a dia das locadoras”, diz Francine. A programação completa, com a relação dos expositores, apoiadores, temas e palestrantes serão incluídas em breve no portal do evento (https://www.expoabla.com/), onde as inscrições já estão abertas.
7 “O principal evento do setor de locação de veículos da América Latina já está marcado para os dias 29 e 30 de outubro, em São Paulo” A edição de 2009, na época ainda realizada no espaço Transamérica EXPO, em São Paulo Na 12ª edição, Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, fez a palestra magna de abertura sobre os rumos da economia Em 2011, o evento contou com uma exposição especial dos modelos antigos da BMW O evento comemorou os 40 anos da ABLA na edição de 2017, homenageando os ex-presidentes da associação Em 2017, a empresária Luiza Trajano fez uma das palestras inesquecíveis da história do evento Drauzio Varella e Francine Evelyn (ABLA). Em 2015, o renomado doutor fez a apresentação de encerramento O painel das entidades setoriais, com os dirigentes da ABLA, Anfavea, Fenabrave e Fenauto, abriu a edição de 2019 Em 2020, por causa da pandemia, pela primeira vez o principal evento do setor teve transmissão on-line A 17ª edição, em 2022, marcou a retomada do formato presencial, atraindo grande número de participantes
8 Érica Marcos, nossa entrevistada desta edição, tem mestrado em Gestão da Sustentabilidade pela Universidade de Columbia, é pós-graduada em Gestão da Inovação e é bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Fordham. Entusiasta da busca por soluções ambientais, ela explica um pouco mais sobre os impactos do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) no transporte, inclusive no sentido de auxiliar empresas de locação a começarem a direcionar atenções para esse movimento sustentável. Locação: Que tipo de mudanças e compromissos o SBCE trará para as empresas? Érica Marcos: Bem, a lei 15.042 instituiu esse sistema de limitação de emissões de gases de efeito estufa. Para as empresas, a primeira frente de ações implicará em criar um plano de monitoramento capaz de mensurar aquilo que ela consome e aquilo que ela A DESCARBONIZAÇÃO DA FROTA DAS LOCADORAS ENTREVISTA ERICA MARCOS, GERENTE EXECUTIVA AMBIENTAL DA CNT
9 emite. Depois, será importante criar internamente uma rotina de relato periódico para que, quando chegar o momento realmente necessário de relatar, isso flua com facilidade para a empresa operar. E o terceiro passo fundamental será ter o acompanhamento de saldos, especialmente quando a empresa fizer modificações nas operações. Locação: Esses processos também poderão gerar receitas? Érica Marcos: O sistema vai trabalhar com certificações, ou seja, se a empresa comprovar que reduziu a emissão ela passará a ter um ativo, que poderá inclusive comercializar, e assim ter outras formas de geração de receitas. Além disso, o sistema em si também é um estímulo para que as empresas tenham uma noção mais clara de oportunidades, tanto de investimento para a transição energética, como também para adotar rotas mais inteligentes, oportunidades de parcerias público-privadas, enfim, aí entra uma seara de ações que podem facilitar a descarbonização da empresa. Locação: Há, porém, limitações para as locadoras aumentarem sua frota eletrificada, certo? Érica Marcos: Sim, o setor de transporte em geral está preocupado com tudo isso, porque, no contexto nacional, nós não temos ainda uma infraestrutura bastante evoluída de abastecimento de fontes energéticas renováveis. Especialmente para longas distâncias, temos grande dificuldade de encontrar eletropostos. Então, de forma legítima, as empresas ficam preocupadas com o estabelecimento da lei 15.042, porque ela antecede a evolução da infraestrutura para viabilizar a oferta de meios para que o setor transportador possa se descarbonizar. “É um estímulo para que as empresas tenham uma noção muito mais clara, por exemplo, de oportunidades de parcerias público-privadas” 0:50 / 2:50 HD Confira os principais trechos da nossa conversa e veja mais também no canal @ablabrasil do Youtube.
10 FPLoc É RESULTADO DA FORÇA DO ASSOCIATIVISMO CAPA A Frente Parlamentar das Locadoras de Veículos do Brasil (FPLoc) já é uma realidade. Lançada em Brasília (DF), em um evento no auditório da Confederação Nacional do Transporte (CNT), a frente suprapartidária reuniu quase 200 assinaturas de deputados que, a partir de agora, tendem a dar mais ênfase às atualizações legislativas necessárias para a defesa dos direitos da locação de veículos. A iniciativa foi liderada pela deputada Helena Lima, com o apoio essencial da ABLA. “O resultado desse trabalho também reflete WEBER MESQUITA (FENALOC), DEPUTADO HUGO LEAL, ROBERTA MARCHESI (ANAV), DEPUTADA HELENA LIMA, MARCO AURÉLIO NAZARÉ (ABLA) E PAULO GABA JÚNIOR (CNT)
11 a importância do associativismo”, comemora o presidente da associação, Marco Aurélio Nazaré. “É muito bom ver que a união das locadoras dentro da ABLA, os nossos esforços, informações, análises e credibilidade ajudaram a transformar essa frente parlamentar em realidade”. A FPLoc atuará de forma autônoma em relação às comissões permanentes ou temporárias, buscando dar visibilidade e articular esforços em torno de causas relevantes para a atividade de locação no país. Conforme Nazaré, com transparência e espírito público, “o diálogo com o parlamento continuará visando o estímulo às propostas equilibradas e que conciliem, cada vez mais, os direitos do setor e o bem-estar da sociedade”. Há questões urgentes e que já estão em pauta no Congresso Nacional, tais como a da Responsabilidade Civil (PL 2464/2019). Com a FPLoc, crescem as possibilidades de alteração no Código Civil para que as locadoras de automóveis não mais sejam sempre consideradas responsáveis solidárias por acidentes causados pelos locatários. Trata- -se, enfim, de estabelecer uma nova legislação para “aposentar” a Súmula 492 do STF. Outro tema que já está sob o radar da FPLoc é a Desvinculação de Multas (PL 5733/2023), que resumidamente propõe transferir aos órgãos de trânsito a responsabilidade por cobrar diretamente dos locatários as infrações cometidas por eles. Também extremamente atual é a questão dos pedágios eletrônicos, com diferentes projetos em andamento no Congresso Nacional. No caso das locadoras, são essenciais as adequações dos processos de cobrança e pagamento para veículos alugados. Ou seja, há diversos exemplos de mudanças e adequações que precisam ser feitas para melhorar as condições de operação para as locadoras em todas as regiões do Brasil, inclusive para não colocar o crescimento do setor em risco. Desde 2020, por exemplo, o total de empregos gerados pelas locadoras avançou 36,8%, atingindo 105.637 postos de trabalho no final de 2024. Também de 2020 para cá, houve aumento de 78% no número de usuários da locação de veículos e, entre 2022 e 2024, o total de empresas ativas aumentou 37,2%, passando de 22.941 para 31.487 locadoras. Juntas, essas empresas ultrapassaram a marca de 1,6 milhão de automóveis na frota. “Com uma frota desse tamanho, também fica clara a importância de termos, por exemplo, definições mais claras, critérios técnicos e legislativos sobre perda total em veículos alugados, que são os chamados danos de monta”, acrescenta Marco Aurélio Nazaré. Vale lembrar que, somente no ano passado, 26,1% dos veículos licenciados no Brasil foram adquiridos por locadoras, o que reforça a importância estratégica do setor para a economia e para a mobilidade. Frente Parlamentar das Locadoras articulará esforços nas causas mais relevantes para a locação de veículos “ “
12 Deputada Helena Lima, que liderou a formação da inédita Frente Parlamentar em Defesa das Locadoras José Hélio Fernandes e Paulo Feitosa (Fenatac); Paulo Miguel Júnior (ABLA), Newton Gibson Júnior (ABTC) e Marco Aurélio Nazaré (ABLA) Paulo Gaba Júnior (em pé), VP de Infraestrutura de Transporte e Logística da CNT; e Valter Luís de Souza, diretor de Relações Institucionais Os deputados Luiz Carlos Hauly e Hugo Leal, também integrantes da FPLoc A presidente da Associação Nacional de Empresas de Aluguel de Veículos e Gestão de Frotas (ANAV), Roberta Marchesi Auditório da Confederação Nacional do Transporte recebeu empresários, profissionais do setor de locação e parlamentares de diferentes estados Marco Aurélio Nazaré destacou o papel da ABLA e do associativismo para tornar a FPLoc uma realidade Kassianne Marinho (ABLA/DF) e a diretora executiva, Francine Evelyn
13 EXPO ABLA 20 25
14 O futuro já chegou, ao menos para quem negocia com veículos no Brasil: a movimentação de estoques e transferência de propriedade em negociações de compra e venda de carros, motos, caminhões, entre outros, já é feita majoritariamente através do Renave, uma solução Serpro para facilitar a vida tanto do comerciante quanto do estado brasileiro. Além dos revendedores de veículos, uma outra categoria de comércio também pode se benefiar desta solução: as locadoras de veículos. Se o estado onde a locadora estiver sediada já estiver operando com o sistema, as locadoras poderão vender e comprar veículos de pessoas jurídicas usuárias da solução. E isto pode ser um passo fundamental para um futuro no qual o Renave possua funcionalidades aumentadas voltadas às locadoras. Isso porque o Serpro já realiza estudos para incorporar ao Renave funções que permitam às locadoras fazerem a gestão interna de seu estoque através dele, com integração às bases de dados de órgãos públicos como os Detrans. Hoje, são 9 estados que operam o sistema para registro de compra e venda de veículos usados junto aos seus departamentos de trânsito, e mais 5 já estão em processo de integração. No caso de veículos novos, ele já é operado em todo o Brasil. A ferramenta desenvolvida pelo Serpro traz uma série de avanços para quem a contratar: Sistema de transferência de veículos e controle de estoque já é usado por mais de 23 mil estabelecimentos e integrado com mais de um terço dos Detrans RENAVE PODE FAZER A DIFERENÇA PARA REVENDEDORES E LOCADORAS PUBLIEDITORIAL reduz o tempo de formalização de transação; elimina riscos associados a transações manuais; facilita renovação ou rotação de frotas entre estabelecimentos participantes; e reduz taxas relacionadas à transferência de propriedade de veículos nos estados que já aderiram ao Renave Usados. Os revendedores que decidirem contratar o Renave adentrarão um ecossistema já bastante prolífico: hoje, são mais de 23 mil estabelecimentos comerciais de compra e venda de veículos que utilizam o sistema desenvolvido pelo Serpro. Destes, 8 mil são concessionárias, sendo este número praticamente a totalidade dos estabelecimentos deste tipo no país. A ideia é que, em breve, todo o ciclo de vida de um veículo registrado no Brasil seja digitalizado. Para citar um exemplo prático do potencial do sistema criado pelo Serpro junto à Senatran, o Detran de São Paulo, estado com a maior frota de veículos do país, começou a operar o Renave para usados em 2024 e estabeleceu o formato eletrônico como obrigatório em todo o Estado a partir de janeiro deste ano. Operações de fiscalização já estão em prática a partir de então. Para mais informações, acesse a página do Renave na loja Serpro. Nossa equipe de profissionais está pronta para sanar suas dúvidas e guiá-lo no processo de contratação.
15 Acesse a Loja Serpro e saiba mais: loja.serpro.gov.br/renave O que você está esperando para começar? Faça a transferência digital de veículos com segurança, agilidade e economia. Quem já utiliza? Transferência digital de veículos já é realidade no país com o uso do Renave + de 23 mil estabelecimentos comerciais 100% concessionárias de veículos + de 1/3 dos Detrans
16 FROTA O NOVO RANKING DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA! Em 2024, o Hyundai HB20, o Chevrolet Onix, Fiat Mobi, Fiat Argo e o Jeep Renegade foram os veículos das locadoras mais recuperados pela Odeen. Agora, no primeiro semestre de 2025, pela primeira vez o VW Polo e o T-Cross entraram na lista (veja tabela). Praticamente o mesmo movimento se deu em relação aos veículos recuperados após roubo, furto ou fraudes (R/F/Fr). Seguiram na lista o HB20, que continua sendo a vítima mais recorrente (43% do total de registros da Odeen em 2024, contra 34% em 2025), seguido pelo Onix (28% no ano anterior, contra 18% agora). Porém, o Gol deixou o ranking, para as entradas do Polo e do T-Cross. Sobre os locais em que os veículos das locadoras foram mais atacados, em 2024, São Paulo e Minas Gerais geraram, respectivamente, 36% e 8% dos casos de recuperação da Odeen, após terem sido vítimas de apropriações indébitas, roubos, furtos ou fraudes. Em ambos os estados, os índices permaneceram nos mesmos patamares neste primeiro semestre. O que mudou foram algumas posições do ranking. O Rio de Janeiro, que em 2024 acumulou 8% dos casos de veículos recuperados pela Odeen, neste ano está com 6% do total. Goiás, que não figurava entre os cinco primeiros em 2024, entrou na lista, com 4%; e o Paraná, a Bahia e o Rio Grande do Sul permaneceram com os mesmos índices de 2024: 7%, 5% e 4% do total, respectivamente. Vale dizer que, das aproximadamente 7,6 mil recuperações de veículos feitas pela empresa, entre janeiro e maio deste ano, a maioria dos casos (68%) seguiu sendo originada pela apropriação indébita no aluguel diário
17 (RAC). Porém, houve também 10% de carros destinados à terceirização de frotas que foram subtraídos das locadoras – e recuperados pela Odeen. Em 2024, os casos gerados a partir de contratos de terceirização estavam em 8%. Lembrando: o Índice Odeen não foi criado com o objetivo de fazer com que locadoras deixem de comprar ou de alugar determinadas marcas e modelos. Pelo contrário: trata-se de uma ferramenta a mais para ajudar as empresas a estudarem estratégias de proteção para os veículos que mais estão precisando desse tipo de solução. “O perfil de preferência dos criminosos continua sendo por veículos de fácil revenda”
18 A tão discutida Reforma Tributária já é uma realidade. Com sua implementação prevista de forma escalonada a partir de 2026, muitos empresários ainda acreditam que o impacto será sentido apenas no futuro. No entanto, esse é um equívoco que pode custar caro — especialmente para o setor de locação de veículos. As mudanças tributárias já começaram a influenciar decisões estratégicas em 2025. A definição do regime tributário ideal para 2026, por exemplo, precisa ser feita com base não apenas no cenário atual, mas também nos efeitos futuros da reforma. Isso porque o ano de 2025 será o último período fiscal antes da transição oficial do sistema, e é justamente nesse momento que as locadoras terão a oportunidade de organizar seus dados, revisar contratos, levantar seus créditos e ajustar sua estrutura tributária — podendo, inclusive, antecipar a alteração em seu regime tributário. UMA NECESSIDADE CADA VEZ MAIS URGENTE PARA LOCADORAS CONTABILIDADE ÍTALO SANTANA É DIRETOR DA MOBILITY CONTABILIDADE PARA LOCADORAS *POR ÍTALO SANTANA
19 O que muda com a reforma? Com a substituição do PIS, COFINS, ICMS e ISS pelo IBS e CBS, haverá uma profunda alteração na forma como as locadoras se creditam e pagam tributos. O crédito integral na aquisição de veículos e serviços, por exemplo, passará a ser uma realidade em alguns casos, mas somente se a empresa estiver com a estrutura tributária correta e os dados bem- organizados. Além disso, a forma de apuração dos tributos e a carga efetiva de impostos poderá ser maior ou menor, a depender do modelo de operação e do regime tributário atual (Lucro Presumido, Lucro Real ou Simples Nacional). Embora o Simples Nacional possa não ser a melhor escolha na maioria dos casos, existe uma pequena parcela de locadoras que ainda poderá se beneficiar dele, dependendo do porte e do modelo de operação. Portanto, entender hoje qual será o comportamento da empresa no novo cenário é fundamental para evitar surpresas e, principalmente, aproveitar oportunidades de economia. O levantamento de créditos acumulados, a reorganização societária, a revisão de contratos, a análise de cenários e a projeção da carga tributária futura são ações que precisam ser feitas antes da virada do sistema. Esperar a reforma entrar em vigor para tomar essas decisões é como entrar em campo no segundo tempo sem saber a escalação do time. A partir de 2026, a transição começa com o pagamento de CBS e IBS em sistema de testes, enquanto o modelo atual continua valendo. Em 2027, o PIS e a COFINS já serão extintos. Isso exige planejamento agora, principalmente em relação aos créditos utilizados pelas locadoras, pois qualquer mudança societária ou tributária feita apenas depois da mudança poderá gerar perdas ou abandonar créditos. Por meio de um bom planejamento, a locadora consegue gerar um estoque de crédito, reduzir o impacto da reforma nas operações da empresa e garantir sua competitividade no mercado. Mais do que nunca, o planejamento tributário é a ferramenta estratégica que vai definir quem sairá na frente nesse novo cenário. Ele permite simular cenários, antecipar riscos e, principalmente, garantir que a locadora aproveite ao máximo os benefícios e reduza os impactos negativos. Na Mobility Contabilidade para Locadoras, temos acompanhado de perto todas as atualizações da reforma e realizado estudos personalizados para cada cliente, considerando seu regime atual, volume de operações, estrutura de crédito e projeções futuras. A recomendação é clara: o momento de agir é agora. A Reforma Tributária já está batendo à porta das locadoras, e não há mais tempo para dúvidas ou adiamentos. O planejamento tributário prévio é uma medida essencial para preservar a saúde financeira das empresas, aproveitar créditos existentes, revisar contratos e definir o melhor caminho antes que as novas regras entrem plenamente em vigor. “Planejamento tributário se tornou mais importante, antes que a Reforma entre em vigor”
20 NOVA REGRA DO BURNOUT: CARGA EXCESSIVA PARA PEQUENOS NEGÓCIOS OPINIÃO A inclusão da Síndrome de Burnout no rol de doenças relacionadas ao trabalho é uma medida que visa proteger a saúde mental dos trabalhadores, mas que pode se tornar um fardo adicional para os pequenos negócios. Esses empreendimentos, já sobrecarregados por uma avalanche de obrigações legais e burocráticas, agora se veem diante de mais uma responsabilidade que pode gerar insegurança jurídica e custos adicionais. A Portaria 1.999/2023, que atualizou a lista de doenças relacionadas ao trabalho, incluiu o Burnout como uma enfermidade ocupacional. Isso significa que, caso um trabalhador seja diagnosticado com a síndrome e haja nexo causal com suas atividades profissionais, o empregador poderá ser responsabilizado. Para as grandes empresas, que possuem departamentos jurídicos e de recursos humanos estruturados, adaptar-se a essa nova realidade pode ser apenas mais um desafio gerencial. No entanto, para os pequenos negócios, que representam mais de 90% das empresas brasileiras e são responsáveis por grande parte da geração de empregos no país, essa mudança pode ter efeitos devastadores. É preciso considerar a realidade do micro e pequeno empresário, que muitas vezes acumula funções, lida com margens de lucro reduzidas e enfrenta uma carga tributária elevada. A inclusão do Burnout como doença do trabalho, sem um debate amplo e uma regulamentação clara, pode abrir brechas para interpretações subjetivas e judicializações que comprometam a sustentabilidade desses empreendimentos. Não se trata de desconsiderar a importância da saúde mental no ambiente de trabalho — pelo contrário. É fundamental que todos os empregadores, independentemente do porte da empresa, promovam condições laborais saudáveis e humanas. No entanto, é preciso equilíbrio. Medidas que visam proteger o trabalhador não podem ser implementadas sem considerar o impacto sobre quem gera emprego e renda no país. É necessário, portanto, que haja um esforço conjunto entre governo, entidades de classe e o setor produtivo para esclarecer as responsabilidades dos empregadores, oferecer orientações práticas e propor medidas que auxiliem na prevenção do Burnout sem penalizar injustamente os pequenos negócios. A saúde mental dos trabalhadores é um bem precioso, mas a saúde financeira dos empreendedores também deve ser preservada. *Artigo originalmente publicado em A Gazeta de Vitória, reproduzido mediante autorização do autor. *POR ALBERTO NEMER NETO “É preciso considerar a realidade do micro e pequeno empresário, que acumula funções e enfrenta carga tributária elevada” ALBERTO NEMER É ADVOGADO TRABALHISTA, COORDENADOR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO DO TRABALHO DA FDV C M Y CM MY CY CMY K
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22 Numa parceria que envolveu a ABLA, a Ford Pro e a concessionária Disbrava, fizemos uma viagem pelo Mato Grosso em busca das locadoras de veículos que atuam no estado, com foco em entender suas demandas, fortalecer relacionamentos e aperfeiçoar a prestação de serviços. Foi uma incrível jornada, de norte a sul, leste a oeste, a bordo de uma Ford Ranger XL Cabine Dupla. ABLA & FORD PRO ATRAVESSAM O MATO GROSSO BRASIL VIAGEM A ABLA foi representada pelo diretor regional da associação no Mato Grosso, Presley Medeiros, que circulou por quase 5,5 mil km, em mais de 70 horas na estrada. Foram dezenas de encontros, visitas e conversas “olho no olho” com sócios e profissionais das locadoras do Mato Grosso (veja fotos). A iniciativa foi pensada e executada principalmente para fortalecer o relacionamento da ABLA com as locadoras associadas. “Levantamos suas demandas, colhendo informações, críticas, elogios e sugestões para aperfeiçoar o planejamento estratégico e buscamos identificar locadoras que ainda não são sócias, para trazê-las para o ambiente associativo”, confirma Presley Medeiros. Na prática, a Expedição ABLA & Ford PRO foi organizada de forma estratégica, priorizando a proximidade geográfica para otimizar o tempo e os custos. O roteiro pelo Sul e Sudeste do estado, partindo de Cuiabá, passou por Rondonópolis, Primavera do Leste e Barra do
23 Garças, seguido do retorno à capital. “Só aí já foram quase 1,5 mil km rodados”, lembra Medeiros, da ABLA. Em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, entre as principais atrações turísticas e culturais se destacam o Palácio da Cidadania “Cândido Borges Leal Jr.”, o Parque de Exposições, o Centro Cultural José Sobrinho e o Museu Rosa Bororo, incluindo a história dos povos indígenas. Já Primavera do Leste, que fica a 235 km da capital, há o turismo de negócios e eventos com foco no agronegócio, sendo também famosa para práticas esportivas, como o caiaque, em suas lagoas e rios. Em Barra do Garças, os destaques vão para o Parque das Águas Quentes, o Parque Estadual da Serra Azul e a Serra do Roncador. No Oeste do estado, a expedição esteve na cidade de Cáceres, a 220 km da capital, que reúne uma combinação de atrativos que vão desde o casario secular do centro histórico até as deslumbrantes paisagens do Pantanal. Ao norte de Cuiabá, a Expedição ABLA & Ford PRO marcou presença nas cidades de “De norte a sul, de leste a oeste do estado, rodamos quase 5,5 mil km com uma Ranger XL Cabine Dupla” 0:50 / 2:50 HD Veja mais sobre essa incrível Expedição ABLA & Ford PRO no canal @ablabrasil do Youtube: Sorriso, Lucas do Rio Verde e Alta Floresta. Em Sorriso, a 397 km da capital, vale a pena visitar o Parque Ecológico, ideal para caminhadas e contato com a natureza, e o Museu Histórico. Lucas do Rio Verde tem como atrações turísticas de destaque a Figueira Histórica, o Horto Municipal, a Biblioteca Monteiro Lobato e um importante Centro de Tradições Gaúchas (CTG), enquanto Alta Floresta se destaca pela pesca esportiva. A região Nordeste do Mato Grosso também guarda seus segredos. Passamos por Água Boa, a 730 km de Cuiabá, que tem várias cachoeiras e rios propícios para banho, como a Cachoeira do Córrego Fundo e a Cachoeira do Rio Claro; e seguimos para Canarana, que é sede da maior festa agropecuária da região. E mais: foram realizados dois grandes eventos em parceria com a Ford PRO: um Happy Hour durante a Show Safra, em Sinop; e o lançamento do Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos – edição 2025, em Cuiabá.
24 Na Certa Locadora, em Água Boa, Celso Júnior e Presley Medeiros (ABLA) Com Jamilio Souza e Murilo Sartori, da Podium Locadora, em Rondonópolis Na MT Locadora, com a Elenita Cássia e a Regiane Ferreira Na Cometa Locadora, em Cáceres, a expedição foi recebida pelo Adauri Berlanga Com a Paula Andrade, diretora financeira da Prime Locadora, em Cuiabá Na LocarX de Primavera do Leste, com o Leandro Anezi Na Betel Rent a Car, com o Jaílson Guedes, em Várzea Grande Com o Nilson Cabral, na ST Locare, em Rondonópolis O Fernando César de Souza Lima recebeu a Expedição ABLA & Ford PRO na Localiza, em Barra do Garças
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26 ELÉTRICO + MOTOR A COMBUSTÃO: COMBINAÇÃO DE TECNOLOGIAS Híbridos leves ou micro híbridos? Independente da terminologia, esses são os veículos que combinam um motor a combustão com um motor elétrico, sem precisar de recarga externa. Trata-se de um nicho que também começa a chamar a atenção das locadoras, ganhando adeptos principalmente entre o público consumidor de serviços qualificados. POR DENTRO Na prática, o motor elétrico trabalha essencialmente nas situações de baixa velocidade e aceleração, gerando impulso extra e ajudando na recuperação de energia durante a frenagem. Reforçando: esses veículos não precisam de carregamento externo, já que o motor elétrico é alimentado pela energia gerada pelo próprio carro. Em janeiro, os híbridos leves chegaram a um total de 3.946 unidades comercializadas no Brasil. Na comparação com dezembro do ano passado, quando houve 3.697 vendas, o aumento chegou a 6,7%. Vamos conhecer mais um pouco sobre alguns deles.
27 Pulse e Fastback O Fiat Pulse e o Fastback foram lançados no ano passado e são exemplos de modelos que oferecem a tecnologia híbrida. Ambos são equipados com motor T200 Flex (turbo 1.0 de alta performance). O sistema utiliza ainda motor elétrico multifuncional, que substitui o alternador e motor de partida. Topo de linha, o Pulse Impetus Hybrid tem visual imponente, com faróis full-led Porta-malas do Pulse Impetus: 370 litros de capacidade, que podem ser ampliados com o rebatimento do banco traseiro Interior do Pulse, com destaque para o câmbio CVT de sete velocidades Fastback Audace: a partir desta versão, modelos trazem central multimídia de 10,1 polegadas e ADAS (sistemas avançados de assistência à direção) Fastback Impetus: teto bicolor e bancos em couro são diferenciais desta versão
28 Tiggo 5X Pro Toyota Corolla GLi O modelo da Caoa Chery combina motor 1.5 turbo e sistema elétrico de 48V Os bancos traseiros são rebatíveis, com apoio central de braço Painel do Tiggo 5X Pro com volante esportivo multifuncional, que controla o sistema multimídia, sistema bluetooth e o piloto automático (controlador de velocidade) O híbrido mais conhecido do mercado brasileiro ganhará, em breve, uma versão mais barata, a GLi, a ser lançada em setembro, junto com a linha 2026 completa do sedã Condução suave e silenciosa é uma das marcas do híbrido da Toyota O modelo nacional é montado na fábrica da Toyota em Indaiatuba (SP) e vai incorporar a tecnologia Flex
FALA, ASSOCIADO! FIM DE PAPO Nesta edição, confira os depoimentos do Rossi Alencar, da 4 Rodas Locadora; e do Ricardo Gritsch, da Referência Rent a Car, sobre o quanto acham importante que suas empresas sejam associadas da ABLA. 4 Rodas fica em João Pessoa (PB) e está no nosso quadro associativo desde setembro de 2013. A Referência, que tem sede em Curitiba (PR), é associada da ABLA desde outubro de 1998. Fala, associado! 0:50 / 2:50 HD 0:50 / 2:50 HD 29
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