Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2020

91 (13,7%), qualidade dos profissionais (11,8%), conhecimento de comunicação digital (11,8%) e gestão de crise (11,8%) (Tabela 7). Os principais pontos fracos das agências de comunicação foram: falta de avaliação de resultados / falta de métricas para o trabalho realizado (24,0%), baixo conhecimento de comunicação digital (20,0%), “juniorização” das equipes (18,0%), falta de visão estratégica (16,0%), desconhecimento do setor econômico (14,0%) (Tabela 8). Ainda que este estudo relacione poucos aspectos prospectivos em relação ao desempenho do setor de comunicação nas empresas, os temas abordados que contenham perspectivas ou previsões devem ser vistos com parcimônia, já que a pesquisa coletou as informações antes da instalação aguda no Brasil da pandemia da Covid-19, o que tem reformulado todos os prognósticos. Nessa perspectiva, a indicação de 64,0% de empresas de que o orçamento para comunicação corporativa em 2020 deverá ficar igual ao de 2019, de 14,0% de que crescerá e de 12,0% de que diminuirá, deve ser vista como uma previsão em alteração (Gráfico 5) . Ainda assim é importante verificar que entre os que indicavam uma redução do orçamento, 71,4% justificavam a medida por dificuldades no cenário econômico nacional e/ ou cortes gerais no orçamento na empresa, o que deve se agravar mais agora – (Tabela 5). Em sintonia com as profundas mudanças nos meios de comunicação dos últimos tempos, esse estudo detectou que a mídia online é a que recebe a maior fatia do orçamento – 57,0%, contra 43,0% da mídia off-line – (Gráfico 6). Por outro lado, mantendo a tradição, a mídia espontânea é a que consome a maior parcela desse mesmo orçamento – 48,0%, contra 29,0% para mídia paga e 23,0% para mídias proprietárias (Gráfico 7) . Na amostra pesquisada, entre os que tiveram informações suficientes para responder a pergunta sobre a divisão do orçamento geral de comunicação na empresa comportando comunicação corporativa e publicidade (27 empresas), a maior fatia, nessas empresas respondentes, fica com a comunicação corporativa – 57,0% (Gráfico 8). Ainda que essa proporção possa ser bastante alterada em função do perfil da empresa, e ainda que a amostra seja insuficiente para indicar a real proporção desses valores nas empresas brasileiras, é um indicador importante desse estudo verificar a proximidade entre as duas áreas de comunicação. De alguma forma pode indicar uma transformação na tradicional situação estabelecida em que a publicidade sempre superou com muitos zeros, na maior parte das empresas, o orçamento destinado às ações de comunicação corporativa/RP.

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