Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2021

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2021 4 I ndiscutível e estratégico, o engrandecimento da co- municação na transposição da pandemia, que, como a transposição do São Francisco, se dá em etapas, deixando no horizonte sempre a dúvida de quando se concluirá, vai imprimindo novas digitais e constituindo um novo DNA na cultura corporativa. Desafios não falta- ram, não faltam e não faltarão. A tal Solidariedade S/A, que provocou mudanças editoriais até no sisudo Jornal Nacional, com a exibição de marcas em ações humanitárias (coisa impensável até então) durante o telejornal, mostrou a face huma- na das organizações, motivadas, é claro, pelos próprios humanos que atuam nos boards . E temos aí claramente o dedo da comunicação, dedo não, a mão, o braço e o cérebro da comunicação, induzindo e motivando a par- ticipação das organizações no combate à pandemia e, tão importante quanto, na defesa da vida, inclusive de seus próprios colaboradores. Posicionamentos apenas efêmeros? Para as organi- zações que buscam um lugar nobre no futuro, de jeito algum. E querem uma prova? A ESG, três letrinhas de que se falava aqui e acolá, de forma tímida, esporádica, até pouco tempo atrás, hoje surge como um vulcão na vida das empresas. E o olhar incisivo e determinante para essas novas variáveis tem a ver decididamente com a sobrevivência e a expansão dos negócios, cada vez mais condicionados às questões sociais, ambien- tais, econômicas e, claro, à boa gestão. Este é um dos temas em destaque nesse Anuário, publicação que sempre buscou estar up to date com as inovações e tendências da atividade no mundo. Em trabalho assinado pela repórter especial Martha Funke, a publicação revela o que algumas das grandes marcas presentes no País estão fazendo nesse campo, sempre com o objetivo de estimular as boas práticas e o desen- volvimento da comunicação. Outra transformação visível e que tem assumido tons de perenidade é a intensificação do home office , iniciativa adotada por imposição da Covid-19 e que teve como efeito colateral uma impensável transformação nos relacionamentos humanos, com o bônus e o ônus que isso tem representado. Na conta do bônus, temos o aumento da racionali- dade (reuniões mais curtas e assertivas em ambiente digital), de produtividade (veja-se a questão da perda de tempo no trânsito e mesmo o tempo usado nas rodinhas matinais ou vespertinas para as conversas informais do dia a dia, subtraídos das pessoas e também das pró- prias empresas); os substanciais cortes de despesas (com aluguéis, viagens, alimentação, transporte etc.); a elevação da qualidade de vida, pela possibilidade de permanecer em casa, ao lado da família; a segurança, pela menor exposição a situações de risco; e pratica- mente o fim das fronteiras geográficas para contratação de colaboradores, fazendo jus a assertiva de sermos de fato hoje uma aldeia global. E na conta do ônus, não se pode deixar de citar a questão emocional (ficar muito tempo isolado e sem convivência com as pessoas); e as novas questões do universo do trabalho, abrangendo sobretudo as jornadas excessivas e em horários extra-expediente e também as condições de trabalho em casa, nem sempre ideais. Se houve um setor impactado por inteiro por esse novo movimento das relações humanas no mundo COMUNICAÇÃO CORPORATIVA As novas digitais da EDITORIAL Eduardo Ribeiro e Marco Rossi

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