Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 131 Gustavo Diamantino: os últimos anos apontaram o holofote para o mercado de comunicação corporativa Criatividade na essência da comunicação PRESS À PORTER “Os últimos anos apontaram seus holofotes para o mercado de comunicação corporativa”. Essa é a avaliação de Gustavo Diamantino, diretor de Operações da Press à Porter Gestão de Imagem. Ele acredita que os períodos de crise são propícios para a valorização da atividade, cujo DNA é ser guardiã da reputação das empresas. E, de alguma forma, em sua visão, isso foi positivo para os negócios, tanto que, no caso da Press à Porter, o crescimento bateu na casa de dois dígitos, repetindo o bom desempenho de 2021. Segundo Diamantino, a agência conquistou em 2022 contas de serviços diversos, que vão de consultoria estratégica a gestão personalizada de executivos em rede social, além de projetos consistentes de comunicação integrada. É essa mescla, aliás, que ele aponta como um dos fatores primordiais que têm garantido o “contínuo crescimento da Press à Porter ano após ano”. E a tendência para 2023, a julgar pelo último trimestre do ano anterior e pelas movimentações iniciais do mercado, é de manutenção da expansão da agência, que participa de rede nacional de atendimento, o que garante aos clientes possibilidade de presença em vários mercados do País. Para atender às demandas, a agência, que nasceu butique em 2001, focada em serviços de assessoria de imprensa, tem se transformado para oferecer uma plataforma completa de soluções on e off-line. “Mas continuamos valorizando o relacionamento personalizado e qualificado com cada um de nossos clientes, fator que consideramos essencial na busca por resultados significativos”. Diamantino avalia que o mercado também evoluiu, embora ainda enfrente desafios como a redução de orçamento das empresas, diretamente consequente da redução nos fees; as incertezas no cenário econômico, provocando adiamento de projetos; e as concorrências predatórias e desleais. Mas o olhar é sempre de otimismo, sobretudo ao se observarem os avanços da atividade na oferta de serviços, em capacitação de mão de obra, em inovações e também na visão estratégica. O que o intriga, e nisso não está sozinho, é que essa profunda transformação do segmento, esse avanço visível nos últimos anos, não tenha por grande parte dos tomadores de decisão o merecido reconhecimento. “Pelo menos é o que apontam as raras pesquisas que avaliam o que o cliente espera e deseja das agências de comunicação corporativa”, ressalta. Ele dá como exemplo a percepção de que a indústria da comunicação corporativa seja pouco criativa. “Discordo. E, novamente falando de forma geral, vejo, sim, as agências absolutamente aptas a liderar campanhas e projetos, em vez de serem ‘simplesmente’ executores. A propósito, ser criativo está na essência das agências de comunicação”. Ele entende também que as empresas individual e coletivamente devem efetivamente se unir para mostrar e comprovar o valor estratégico da comunicação. E avançar em direção às oportunidades, como,

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