Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023

PESQUISA MEGA BRASIL 2023 Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 190 pandemia, a importância da comunicação corporativa entre clientes e no mercado em geral havia sido realçada e que muitos novos clientes foram conquistados dentro dessa nova perspectiva. De outro lado, a instauração definitiva do trabalho em home office possibilitou às agências atingir novos mercados, geograficamente distantes, sem custos de deslocamento, com maior agilidade, com menos funcionários e, muitas vezes, sem nenhum recurso de estrutura física adicional. O trabalho em home office está estabelecido em 95,0% das agências, e 10,9% reduziram suas estruturas físicas em função desse novo modelo de trabalho; 24,0% decidiram não mais contar com sedes físicas para operar. Quando um mercado cresce, crescem também seus elementos constitutivos, entre os quais as empresas que produzem para o seu abastecimento, nesse caso as agências de comunicação. Assim é que, a tendência, que já vinha se delineando desde a edição de 2020 desse estudo, de alta das agências de médio e grande porte, se consolida nesta edição com a ultrapassagem do número de agências pesquisadas nessa faixa de faturamento − de R$ 4,8 a R$ 20 milhões – em relação ao número de agências na faixa de faturamento de até R$ 1 milhão. Os principais motivos que contribuíram para o desempenho positivo das agências em 2022 permanecem inalterados em relação ao ano anterior, sendo que três dentre os cinco mais citados referem-se a situações de manutenção de share e de crescimento de mercado – manutenção da carteira de clientes, conquista de novos clientes e inovação do mix de produtos e serviços. Entre os pontos negativos que afetaram o desempenho das agências no ano de 2022, o mais citado também repete o destaque do ano passado e se refere à situação geral das economias do País e do mundo − incertezas no cenário econômico. Como reflexo do crescimento do mercado e da intensificação das mídias digitais nas operações de comunicação corporativa, as três principais inovações realizadas por 57,0% das agências em 2022 foram nas seguintes áreas: mídias digitais, produtos na área digital, aperfeiçoamento de processos internos e produtos para redes sociais. Também os investimentos que as agências fizeram em seus negócios atingem essas mesmas direções. As áreas em que tiveram destaque foram: TI e tecnologia, recursos humanos e treinamento. O Índice de Confiança do Empresário de Comunicação Corporativa (ICECC) se mantém nos quadrantes positivos para a avaliação do passado recente e perspectiva para o futuro próximo. Para o total de agências pesquisadas, o índice de confiança para os próximos seis meses cresceu de 66,0 para 71,1 pontos, alcançando a segunda marca mais alta dessa série histórica; e para as 50 maiores, subiu de 66,8 para 71,8, terceira marca mais alta desde o início desta medição. Nesse horizonte de desenvolvimento, os planos de expansão para 2023 são apontados por 67,9% das entrevistadas. Os planos mais citados também refletem a avaliação de que o mercado tem potencial de continuar em ampliação e de que as novas tecnologias e formas de comunicação estão no centro desses movimentos. Os planos mais indicados foram: ampliar a prospecção (22,7%), crescer nas áreas de mídia e marketing digital (18,0%) e criar novos produtos e serviços (17,3%). Sobre o novo Governo Federal, iniciado em 2023, as avaliações e expectativas são majoritariamente positivas. Ainda que seja muito cedo para balanços políticos mais robustos, as opiniões registradas na Pesquisa conformam um cenário de confiança para o ambiente de negócios e desenvolvimento do mercado. O perfil da força de trabalho no mercado de comunicação corporativa mantém a predominância das mulheres, com participação, apurada nesta edição da Pesquisa, de 72,2%, crescimento de 6,8% em relação a 2021. Sobre a etnia dos colaboradores, somente 66,0% das agências entrevistadas disponibilizaram essa informação na Pesquisa. Ainda que a população negra seja majoritária no País, na composição de empregados das agências 72,7% são brancos – 48,3% mulheres e 24,4% homens. Mulheres pardas (9,3%), homens pardos (6,0%), mulheres pretas (5,6%) e homens pretos (3,7%), somam, como profissionais negros, 24,6%. Nessa edição da Pesquisa também se investigou sobre a adesão das agências à política de ações afirmativas nas áreas dos direitos das mulheres, na área étnico-racial e na área de inclusão

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