Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2023 70 MERCADO DA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA Início de 2023 foi o melhor dos últimos cinco anos IMAGEM CORPORATIVA Ciro Dias Reis: essa busca por novos talentos gera uma espiral ascendente dos salários ofertados, o que eleva o custo, enquanto os clientes buscam reduzir os fees Como muitos empresários e gestores de diversos segmentos da economia, Ciro Dias Reis, fundador e CEO da Imagem Corporativa, olhou para dentro de sua empresa ao longo de 2022. “Nos preocupamos prioritariamente com a melhoria das margens de cada projeto”, afirma. Para isso, a agência promoveu uma ampla revisão dos processos internos, fez mexidas pontuais na equipe e apostou alto em sua maior vocação, as conexões internacionais de negócios. “A rentabilidade dos projetos internacionais costuma ser mais alta”, acrescenta Reis, que é reconhecido pela inserção em redes internacionais de negócios e participação em eventos, premiações e associações globais de RP. A estratégia de preparar a agência para ter maior rentabilidade por projeto também permite investimentos e o começo de 2023, segundo ele, já se apresenta “como o melhor dos últimos cinco anos”. Reis acredita que alguns fatores contribuem para isso. O represamento de projetos à espera de uma definição política após as eleições de outubro de 2022 está entre os motivos de entraves. Com um cenário melhor definido, aumentou a demanda por projetos de comunicação voltados ao mercado brasileiro entre os parceiros internacionais da Imagem Corporativa. “O Brasil entrou novamente com força no mercado global, onde esteve por alguns anos com presença diminuída”, acrescenta Dias Reis. Ele dá como exemplo novos projetos com viés ambiental, que estão atraindo seus clientes nacionais e internacionais. Para a agência, que se posiciona no mercado com a sigla IC, o ano mostra-se promissor, especialmente porque as demandas aparecem com uma diversidade maior de soluções esperadas pelos clientes. “Oferecemos muitas dimensões da comunicação, como relações com imprensa e influenciadores, marketing, public affairs, gestão e engajamento de pessoas, que fazem cada vez mais parte de um todo a ser trabalhado de forma integrada. Mais do que as ferramentas, buscamos oferecer um trabalho consistente de consultoria estratégica, aquele que o olhar do cliente quer para uma realidade cada vez mais complexa”, afirma. O ambiente concorrencial brasileiro preocupa o empresário, que enxerga ameaças à rentabilidade das agências. “As negociações, como se sabe, são feitas cada vez mais com as áreas de compras, que pressionam de forma crescente os preços para baixo aproveitando-se da enorme oferta de agências de PR no Brasil, o que facilita essa perspectiva para clientes”, pontua. Para Reis, as concorrências seguem na mesma direção, porque existe, a seu ver, “muita competição, o que permite aos clientes convocarem um grande número de agências para ouvir diferentes visões acerca de seu segmento de atuação, bem como ter acesso a uma pluralidade de propostas criativas e ideias eventualmente utilizáveis no futuro”. A esses dois desafios ele acrescenta a busca por mão de obra

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