Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 111 2009/10 2010/11 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 373 337 357 264 225 230 215 242 244 206 182 229 230 221 211 192 400 350 300 250 200 150 100 50 0 As agências de comunicação no Brasil, com as raras exceções que só justificam a regra, não tiveram um ano exuberante em 2024. Mas também não se pode afirmar ter sido um ano decepcionante. Temos aí a conhecida metáfora de olhar o copo... meio cheio ou meio vazio. Se tomarmos como exemplo a participação das agências na Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação (192, no total), a percepção é de que 2024 não se mostrou, de fato, um ano tão bom assim para o conjunto do mercado. Foi o segundo ano, desde 2009, quando se iniciou essa série histórica, em que menos de 200 agências participaram do estudo. O recorde negativo havia sido em 2020 – o ano da pandemia –, com a participação de 182 agências; e o positivo, em 2009/2010, com 373. Após mais de uma década e meia realizando esse trabalho é possível perceber que o que as empresas menos querem é participar de pesquisa quando as coisas não estão lá muito bem. E foi o que aconteceu, embora não tenham faltado esforços por parte dos editores, que ao longo de três meses empenharam-se e mobilizaram todos os seus ativos editorais e de relacionamento buscando incentivar e convencer as 1.145 agências identificadas pelo Censo Brasileiro das Agências de Comunicação a participarem do projeto. Se não foi tão bom, também não se pode dizer que foi de todo ruim, até porque a adesão das médias e grandes, sempre muito importante, foi de praticamente 100%, ficando os desfalques concentrados nas micro e pequenas agências. Ou seja, os resultados consolidados, mesmo com essa queda na adesão, mostram-se robustos e consistentes. A propósito, a atual pesquisa registrou uma redução de 17 agências, considerando as que entraram ou voltaram a participar este ano (28) e as que se retiraram (47). Mesmo tímido, crescimento avançou Outro exemplo que podemos sacar para destacar essa dualidade entre o copo meio cheio e o meio vazio é o crescimento do setor. Descontada a inflação, o crescimento nominal de 5,17% representou um avanço real de tímidos 0,34%. O olhar da metade cheia do copo é que esse desempenho garantiu a continuidade da performance positiva da atividade pelo quarto ano consecutivo. Detalhe importante: em 16 anos de pesquisa (2009 a 2024) o setor elevou seu faturamento de 1,20 bilhão para os atuais R$ 5,36 bilhões, mais que quadruplicando a receita total, índice muito acima da inflação no período e certamente um dos maiores crescimentos setoriais do País. Também o número de empregados contratados cresceu: subiu de 19.946 para 20.277, o equivalente a +1,66%. Ficou abaixo do crescimento do PIB do País (3,4%), mas diante de um cenário político relativamente conturbado não foi um desempenho desprezível. Cresceu em real, mas caiu em dólar Em 2024, este Anuário estampou com estardalhaço, inclusive com chamada de capa, que as agências haviam atingido seu primeiro bilhão de dólares, graças ao faturamento que, em 2023, foi de R$ 5,1 bilhão − com o dólar, à época, valendo em torno dos R$ 5 reais. Com a cotação do dólar em R$ 5,68 no início de maio de 2025 (data de fechamento deste Anuário), aquele nosso U$ 1 bilhão de 2023 murchou e, em que pese o setor ter crescido até acima da inflação, a receita total, em dólares, encolheu, ficando em 2024 em cerca de US$ 943,6 Participação das Agências de Comunicação na Pesquisa desde 2009

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