COP30 Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 188 Ricardo Cesar: Projeto Tacacá oferecerá serviços exclusivos aos clientes da Ideal Axicom das agências entrevistadas para esta reportagem reafirma essa visão. A consciência de que as empresas e organizações devem levar a Belém compromissos sólidos para evitar acusações de prática de greenwashing é a recomendação unânime dos profissionais das agências a seus clientes. Especialmente no caso de Belém, que deve ser a mais diversa e participativa de todas as Conferências do Clima. Segundo Patrícia Gil, doutora em Comunicação e professora da ESPM, “é hora de criar projetos robustos, que possam ser anunciados antes da conferência e acompanhados nas próximas edições”. Ela alerta que “é preciso abandonar uma visão de resultado estanque, calcado apenas na janela midiática oferecida pelo evento, investindo em ações de mobilização comunitária, associadas a soluções tecnológicas para questões transversais como clima, pobreza e desigualdade de gênero”. Na Approach, estratégias diferentes serão adotadas segundo a maturidade dos clientes para as pautas da COP. “Alguns estão evoluídos nessa agenda e vão se posicionar de forma bastante proativa e protagonista”, avalia Mauro Vieira Dias. “Outros vão apostar na visibilidade do evento para promover ativação de marca”. Ricardo Cesar ressalta a importância dos compromissos assumidos pelas empresas: “É um ótimo momento para que as marcas sejam vocais sobre suas agendas, com compromissos reais, estabelecimento de metas e parcerias estratégicas para o crescimento sustentável”. O CEO da Ideal Axicom faz eco com as recomendações de Patrícia Gil e diz que as organizações “devem orientar suas decisões por dados e fazer o melhor uso de redes de influência, seja mídia tradicional, digital, ambientes sociais, associações setoriais, entre outras, para amplificar conversa e estimular ações contundentes em prol da agenda climática”. Com as recentes posições negacionistas adotadas por líderes globais como Donald Trump, a COP poderá estar no centro de uma guerra de narrativas e desinformação. Na Radioweb, a preocupação com esses riscos está presente nas recomendações aos clientes. “É uma oportunidade única de associação de marca, de combate à desinformação, de mostrar projetos e de liderar mudanças através do áudio”, afirma Mariana de Freitas. “Enxergamos potencial nos nossos clientes e prospecções. Para além de faturamento e exposição de marca, é uma união de forças e valores sustentáveis”. Na Diversa, a preocupação com a veracidade dos compromissos também dá o tom. “Nossos projetos estarão focados em construir e apoiar narrativas que destaquem ações concretas em sustentabilidade, transição energética, descarbonização e inovação”, afirma Marcelo Moreira. Ele ressalta que o objetivo da agência é “garantir que essas mensagens sejam disseminadas de forma genuína e legítima, alinhadas com o propósito da empresa, alcançando diversos públicos, de consumidores a acionistas”. Michele Izawa, do Grupo Burson, destaca o papel central das empresas que operam no Brasil na comunicação do evento: “As empresas brasileiras sentem um dever com a COP30. Em sua maioria,
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