COP30 Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 206 Leandro Modé: Vale financia construções do Parque da Cidade e do Porto Futuro II, em Belém O curioso é que, para esta reportagem, a busca de empresas, para mostrar suas ações no evento de maior relevância do ano, contou com a dificuldade inesperada de encontrar companhias para as quais a COP30 já estava clara e com relevância estabelecida em corações, mentes e orçamento. Há menos de oito meses do encontro, muitos nãos sobre a participação foram ouvidos, baseados em um discurso de indefinição das ações, indefinição de escopo, indefinição da ida. Os motivos são muitos, desde orçamento, falta do que dizer, receio de evidenciar greenwashing, até − essa mais difícil de se acreditar − a redução de interesse pela pauta ESG justamente no ano que o Brasil é anfitrião de uma COP e a discussão sobre o clima atinge seus mais altos níveis. Há, no entanto, ações bastante interessantes de algumas empresas e entidades, a maioria voltada à disseminação do conhecimento, uma construção importante para um futuro no qual o entendimento é fundamental para o comprometimento de todos. Novata em COPs, para a edição deste ano a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) estará presente com a Casa do Seguro, um pavilhão de 1.600 m2, a quinhentos metros de distância do pavilhão principal da COP30, que contará com uma programação de conteúdo, além de atividades culturais e artísticas. O espaço terá dez seguradoras parceiras, chamadas de “empoderadoras do setor de seguros” pela CNSeg. O conceito foi desenvolvido a partir da participação do presidente da entidade nas COPs de Dubai e do Azerbaijão. O setor de seguros é altamente impactado pelos eventos climáticos, sejam secas, enchentes, deslizamentos. Segundo a entidade, citando como fonte o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), só os prejuízos provocados pelas inundações no Rio Grande do Sul foram estimados em R$ 100 bilhões. Para a CNseg, o seguro é um produto de proteção social e de investimentos. “Alugamos o espaço em julho do ano passado. Estimamos um investimento total na casa dos R$ 6 milhões, incluindo a infraestrutura, as ações de ativação e equipe”, explica Gustavo Brum Alvim, superintendente executivo de Chefia de Gabinete e Eventos da CNSeg. Segundo ele, o auditório, com capacidade para 100 pessoas, será palco de debates diários sobre os mais variados assuntos ligados ao setor, como: seguros e agronegócio, seguros na expansão da Carla Simões: CNseg contará com o pavilhão Casa do Seguro e parceiro de mídia na cobertura da conferência
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