NOVOS NEGÓCIOS Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 236 que analisa a performance nas redes sociais dos candidatos ao Palácio do Planalto em 2026. “Estamos mapeando outros temas quentes. É provável que lancemos índices sobre o mercado financeiro no segundo semestre”, diz Danusa. Ferramentas próprias Sinônimo de faturamento reforçado, a diversificação de negócios e da carteira de clientes representou para a paranaense Mapa360, antes de tudo, a própria sobrevivência. Fundada em 2002, a agência, hoje com escritórios em Ponta Grossa (PR) e São Paulo, dedicou-se em seus primeiros anos à assessoria de imprensa e começou a abrir o leque de serviços em razão dos clientes, que demandavam serviços digitais. “Fomos dos primeiros a trabalhar em marketing de influência, há mais de dez anos, com celebridades e influenciadores digitais, que à época não passavam de simples blogueiros”, diz a sócia-fundadora e CEO Maria Priscila Alves Nabozni. A invasão da “praia” de relações públicas por grandes firmas de publicidade, no início da década passada, levou a empresária, no entanto, a rever o seu plano de voo. Para agregar valor e garantir a continuidade da operação, ela optou por dar o troco na mesma moeda aos estranhos no ninho. “Concluí que tínhamos de assumir o controle de uma agência de propaganda”, diz ela. A prospecção teve início em 2016. Passado algum tempo, a Mapa360 entabulou conversações com uma jovem agência paulista, que se destacava em campanhas e mídia paga. A proposta de fusão não vingou, mas Maria Priscila não saiu de mãos vazias da mesa de negociações: herdou toda a equipe do ex-futuro sócio em 2019, por decisão conjunta de seus oito integrantes. “As duas agências já tinham acertado um modelo operacional, integrando assessoria de imprensa e publicidade, que nos deixou entusiasmados. Como não estávamos nem um pouco dispostos a fazer só propaganda, decidimos trocar de barco”, conta o COO Rafael Paes Leme. Com boa experiência na divulgação de turismo e hotelaria, o time liderado por Leme encaixou-se como uma luva na agência paranaense, também com tradição nessas áreas. Tradição, aliás, é pouco, pois a dupla formada por hospedagem e viagens respondia por 80% da carteira de clientes da casa. Incomodada com essa concentração excessiva, Maria Priscila tratou, a partir de 2018, de garimpar contas em outros setores. A estratégia surtiu efeito junto a indústrias alimentícias e farmacêuticas, em particular, e garantiu a sobrevivência do negócio, já que hotéis, voos, cruzeiros e excursões ficaram às moscas, a partir de março de 2020, com a pandemia da Covid-19. “Em questão de um ano e meio, perdemos cerca de 70% dos clientes e das receitas, pois os mercados de turismo e hotelaria foram a zero. Só não desaparecemos graças ao trabalho de diversificação da carteira iniciado poucos anos antes da eclosão da pandemia”, diz a empresária. A busca por maior equilíbrio no portfólio tornou-se prioritária desde então. A fatia dos dois carros-chefes na carteira encolheu para 60%, e a meta é estabilizá-la ao redor de 50% – sem abrir mão, claro, de novos clientes dos referidos ramos, que, como destaca Maria Priscila, “batem a toda hora à nossa porta”. O processo de desconcentração contou com a colaboração de uma startup especializada em contratação e Maria Priscila Nabozni: diversificação garantiu a sobrevivência da Mapa360 durante a pandemia
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