NOVOS NEGÓCIOS Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 240 tes robustos, entre os quais Visa, Natura, InterCement e Paramount. Dos vários cases desenvolvidos por sua equipe, composta por 20 profissionais, um foi particularmente saboroso, ao pé da letra: o hotsite de uma indústria de bebidas que ensinava internautas a preparar drinques, utilizando como temperos e complementos os ingredientes disponíveis em suas despensas e geladeiras. “A partir das informações fornecidas pelos usuários, a inteligência artificial recomendava as melhores combinações e providenciava uma receita sob medida em pdf”, conta Cavalieri. “Essas aulas virtuais de coquetelaria foram sucesso absoluto de público, geraram enorme engajamento”. Já a Insight, que completou 40 anos em 2024, prepara a apresentação formal de seu laboratório de dados, o InsightLab. O projeto, que já reúne cerca de 12 profissionais, entre programadores e jornalistas, começou a ganhar escala há três anos, quando a agência decidiu deixar de lado softwares de mercado e desenvolver internamente as suas ferramentas. O resultado foi um crescimento expressivo das capacidades de mineração, captura e interpretação de dados. “Conseguimos, por exemplo, realizar buscas simultâneas sobre os mesmos temas em diferentes plataformas, por meio de algoritmos próprios”, diz o presidente João Pedro Faro. Dois trabalhos de fôlego do laboratório já viraram notícia no forte e tradicional braço editorial da Insight, que conta com duas revistas, uma newsletter, dois portais e o Almanaque Carioquice. Intitulada O mal que Trump faz ao mundo, a reportagem de capa da edição de dezembro último da revista Insight Inteligência, assinada por Carlos Rial Fernandes, teve por base a varredura, com o auxílio de IA, de declarações e comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em redes sociais, publicações virtuais e blogs de 62 países, entre 20 de janeiro de 2017 e 6 de dezembro de 2024. Os 2,5 milhões de ocorrências registrados permitiram a identificação, na ponta do lápis, dos “dez mandamentos imorais” do chefe de Estado: Revogação de direitos (17,4%), Antiambientalismo (14,8%), Anti- -imigração (14,3%), Misoginia (13,0%), Racismo (10,1%), Homofobia (8,9%), Ataques à Imprensa (7,4%), Negacionismo na saúde (4,8%), Xenofobia (4,8%) e Islamofobia (4,7%). “Se tivéssemos consultado cientistas políticos, o resultado poderia ter sido semelhante. Mas a nossa pesquisa tomou por única referência dados públicos”, observa Faro. A mesma metodologia foi adotada nos dois primeiros números do Anuário Integridade ESG, lançado em 2023. Ancorado num estoque de 500 mil menções ao alinhamento das maiores companhias brasileiras à agenda ambiental, social e de governança, o InsightLab lançou mão de algoritmos de IA na “análise de sentimento contextual das informações”, como destaca a apresentação da edição 2024, para a montagem de um ranking com 100 empresas. O primeiro colocado foi o Banco do Brasil, que alcançou um Índice de Imagem ESG (iESG) de 10,007 e ocupou o primeiro, o quarto e o segundo postos nos rankings social, ambiental e de governança. “Pesquisas serão o carro-chefe do InsightLab, que está prestes a ser lançado. Além de atender a demandas de clientes, seguiremos divulgando trabalhos exclusivos em nossos veículos”, diz Faro. Sucessora do MSL Group, a And, All segue pela mesma trilha da Insight. Comandada há 32 anos por Paulo Andreoli, a agência ganhou um novo norte, em 2024, com a criação da sua área de estratégia de dados, que se tornou referência no planejamento das ações de comunicação. “Não disparamos mais releases, por exemplo, sem dispor de dados que indiquem ser aquela, de fato, a melhor opção. Os dados, enfim, passaram a marcar presença em todas as nossas rotinas: da busca por soluções, a partir da apresentação do briefing, à definição e à execução das ações; e, por fim, na avaliação dos resultados alcançados”, diz a diretora-gerente Patrícia Lucena. Marcio Cavalieri e Claudia Rondon: agência de inteligência artificial da RPMA tem foco em reputação
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