Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 241 Sob a batuta da publicitária Keila Silva, a nova divisão vem contribuindo ainda para reforçar o cardápio da agência. Suas ofertas incluem de serviços mais convencionais – como inteligência de negócios, relatórios, auditoria e monitoramento de mídias e pesquisas de mercado – a ferramentas próprias, caso de um painel eletrônico (dashboard) que mensura, em tempo real, a reputação de clientes na esfera digital. “O dashboard permite, de forma instantânea, a correção de erros e a alavancagem de ações que estão garantindo bons resultados”, resume Patrícia. Vídeos e podcasts, a cargo do time de criação da agência, também estão em alta. Médias e longas-metragens ainda são sonhos, mas a And, All já acumula boa experiência em séries curtas para a internet, as chamadas webseries. Um dos destaques nessa praia foi uma produção sobre reciclagem, encomendada por um cliente no ano passado, que obteve um inesperado reconhecimento. “O vídeo foi parar num portal de notícias. E lá permanece”, diz Patrícia. “Ficamos surpresos e orgulhosos pela valorização do trabalho, que, modéstia à parte, tem ótimo padrão”. A concorrência nesse segmento vem aumentando. Com 22 anos de janela, a Ink Comunicação fez sua estreia em podcasts em 2020, em meio à pandemia da Covid-19, e pegou gosto pela coisa. Dos 40 clientes da agência, cerca de 10% – entre os quais o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC-SP) e a Highline, do ramo de telecomunicações – demandam regularmente esses programas, que já respondem por 15% do faturamento. “Temos algumas negociações em andamento na área. A mais curiosa envolve uma empresa que nos encarregou de tudo, inclusive da escolha do tema do podcast”, diz o fundador e CEO Raul Fagundes Neto. Os trabalhos são quase 100% realizados pelos jornalistas da casa. Suas rotinas incluem elaboração de roteiros, escolha dos entrevistados, acompanhamento das gravações e, por vezes, até a edição do material. Após a aprovação dos clientes, os programas são colocados no Spotify e devidamente divulgados. “O encolhimento da imprensa tradicional vem jogando água no moinho das mídias proprietárias, como os podcasts. É um mercado muito promissor”, diz Fagundes. A bagagem acumulada no métier abriu as portas para a Ink de um nicho vizinho, com potencial igualmente expressivo, o de vídeos. A primeira produção da agência, com 3 minutos e 44 segundos, abordou softwares de segurança da Genetec utilizados no Aeroporto Internacional de Florianópolis. Desde então, foram elaborados mais uma dúzia de filmes para cinco empresas – sem falar, claro, das produções de curtíssima metragem, com poucos segundos de duração, para perfis nas redes sociais. “Os video cases, como batizamos esse formato, estão sendo oferecidos aos demais clientes. Também vamos anunciá-los, em breve, no linkedin”, diz Fagundes. Hoje com uma participação de 10% no faturamento da agência, o marketing de influência tende a ganhar volume a partir de ações voltadas a empresas, e não a consumidores finais. Consultas sobre esses serviços de atacado começaram a surgir no ano passado e vêm se multiplicando. Para garantir a monetização dessas sondagens, a Patrícia Lucena: área de dados orienta todas as ações de comunicação da And, All

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