MERCADO INTERNACIONAL Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 276 1 Fonte: https://www.gov.br/pt-br/noticias/financas-impostos-e-gestao-publica/2022/03/plataforma-gov-br-impulsiona-abertura-de-filiais-de-empresas- -estrangeiras-no-brasil Eu mesmo cheguei a participar de um grande processo de transformação como esta, trabalhando para a John Deere, multinacional de produtos e tecnologias nas áreas agrícolas, de construção e florestal. Primeiro, como consultor de comunicação corporativa. A marca era meu cliente na agência quando atuamos na estruturação da área corporativa da empresa, seguida da inauguração de fábricas que trouxeram demandas globais, depois a abertura de um centro de distribuição de peças para América do Sul e também da integração de novos negócios. Na época, as operações da companhia ainda eram descentralizadas, com um escritório em Montevidéu, Uruguai, coordenando todo o Cone Sul, e o México como um bloco à parte. Mas a força dos investimentos dedicados ao Brasil logo colocou o País, em 2012, como escritório regional. E nesse ponto tive a felicidade de assumir a posição de gerente de Comunicação Corporativa América Latina. Uma posição que, aliás, não existia. Difícil encontrar números precisos sobre quantas multinacionais atuam no Brasil hoje, ou que vieram para cá durante os últimos 15 anos. Mas alguns dados podem dar algum indicativo deste movimento crescente. Por exemplo: segundo o Ministério da Economia1, a quantidade de empresas estrangeiras autorizadas a atuar no País saltou de 21, em 2016, para 91, em 2021. Um extraordinário crescimento de 334% em apenas cinco anos. E vale lembrar que empresas brasileiras também se tornaram grandes multinacionais de peso: Vale, Gerdau, Petrobras, JBS, Marfrig, Aracruz, Alpargatas, Votorantim, Embraer, só para citar algumas. E é justamente na esteira desse contexto que se ampliou o mercado internacional de comunicação e marketing para profissionais brasileiros, seja como consultor em agências seja assumindo cadeiras nas próprias companhias. Conforme as empresas foram ganhando a missão de assumir o papel de liderança latam dos seus respectivos negócios, o mesmo aconteceu com as suas áreas de comunicação. “Durante muito tempo, as estruturas de comunicação de diversas empresas na América Latina separavam o Brasil dos demais países da região, criando modelos paralelos”, avalia Juan Carlos Gozzer, sócio e CEO para América Latina da agência LLYC, multinacional de origem espanhola com 11 escritórios na Juan Carlos Gozzer: “Liderar a comunicação de uma companhia na América Latina é um exercício complexo, tanto pela diversidade cultural que marca os diferentes mercados quanto pelo cenário altamente dinâmico – no contexto socioeconômico – desses mercados” Luciana Leite: “Há um estudo muito interessante da Nielsen que mostra o valor de ter campanhas adaptadas localmente. Em média, elas apresentam uma eficácia 25% maior do que aquelas simplesmente traduzidas de um idioma para outro”
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