Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 277 região. “Era Brasil para um lado e o resto da América Latina para outro. Esse cenário acabou por promover a influência dos profissionais de língua hispânica − por exemplo mexicanos, colombianos, argentinos e chilenos, entre outros − na liderança da comunicação da região. Nos últimos anos, observamos uma transformação nessa tendência, vendo mais profissionais do Brasil assumirem, de fato, a liderança da comunicação na América Latina. Mesmo que ainda haja um caminho a ser percorrido, já houve uma evolução do modelo no sentido da maior integração do Brasil e dos profissionais brasileiros no contexto regional”. Escola brasileira é referência No desenvolvimento dessa jornada, as fontes ouvidas pelo Anuário da Comunicação Corporativa são unânimes: quem está na posição ou pretende assumir funções regionais antes de mais nada precisa se dedicar a falar fluentemente a língua espanhola e a construir equipes locais que suportem as operações. “Liderar a comunicação de uma companhia na América Latina é um exercício complexo, tanto pela diversidade cultural que marca os diferentes mercados quanto pelo cenário altamente dinâmico – no contexto socioeconômico – desses mercados”, afirma Gozzer. “Esse exercício requer, entre outras coisas, um nível de conhecimento dos contextos locais e da atualidade de cinco, dez, quinze ou vinte países ao mesmo tempo. Um líder de comunicação da região que não está conectado com essas realidades encontra barreiras para exercer a função”. Filipe Xavier: “Quem pretende ter essa experiência precisa estar ciente do alto estresse e pressão, da complexidade, da responsabilidade com os negócios da empresa. E saber que não raro é uma posição de pouca valorização, pouco reconhecimento”

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