Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025

MERCADO INTERNACIONAL Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 282 pessoas que comento no início deste texto também resulta em benefícios claros de execução na comunicação eficiente com colaboradores. Filipe Xavier, da GE Healthcare, conta o exemplo de sucesso da criação de uma cartilha de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I), surgida a partir da sugestão de uma estagiária do time de comunicação, diante de uma série de oportunidades relacionadas aos diferentes grupos de trabalho na América Latina: “Buscamos pessoas estratégicas para a comunicação nos países da região onde operamos, além de colegas engajados com os nossos hubs de afinidades. A partir das conversas, desenvolvemos um material de referência abrangente para a organização sobre DE&I, que foi a base de um treinamento conduzido pelo time de comunicação para o time de liderança da empresa. O lançamento da cartilha foi um sucesso, promovendo discussões significativas entre a equipe e sendo expandido para toda a empresa”. A carreira do comunicador latam Apesar dos encantos e das possibilidades de realização profissional e pessoal, não é fácil exercer uma posição de liderança regional. “Quem pretende ter essa experiência precisa estar ciente do alto estresse e pressão, da complexidade, da responsabilidade com os negócios da empresa. E saber que não raro é uma posição de pouca valorização, pouco reconhecimento. Então é preciso estar psicologicamente preparado para tudo isso”, diz Filipe Xavier. E ir além das caixinhas da comunicação. “Um bom líder de comunicação regional deve agregar de fato às estratégias de negócios dos seus clientes (se for agência) ou da empresa onde trabalha. É fundamental saber como os impactos políticos e econômicos afetam os mercados, porque isso tem consequências diretas sobre padrões de consumo, reputação de marcas, estratégias de influência empresarial. É o que te torna um profissional diferenciado”, defende Ciro Dias Reis, CEO da Imagem Corporativa e coordenador do Proi Latam Squad, grupo ligado ao Proi Worldwide, uma rede global independente de agências de comunicação, com 86 partners em mais de 60 países. Na América Latina, atua em Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia, México e Equador. “São sete parceiros atuando integrados nesses países”, explica. Pedro Cadina, CEO da Vianews, acredita que a maturidade do mercado brasileiro leva ao desenvolvimento de profissionais de alto padrão. Fundada há 40 anos para atender ao mercado de tecnologia, a Vianews desde o ano 2000 expandiu braços para a região. Hoje tem três colaboradores diretos no México, um na Argentina e um na Bolívia. Em outros países, atua com o modelo de agências parceiras. A primeira incursão latino-americana surgiu a partir de um cliente que pediu a organização de uma press trip regional para visitar uma fábrica no estado do Maine, nos Estados Unidos. E, hoje, quase 70% do faturamento da Vianews provém de clientes internacionais: “O caso de gestão de crise para a plataforma Zoom foi bastante emblemático, porque estávamos todos em meio à crise global da pandemia, e as plataformas de Pedro Cadina: “Entender os modelos fiscais e burocráticos dos países onde atua representa particular desafio para as agências, uma vez que isso impacta, por exemplo, na realocação de verbas ou transferência de investimentos.”

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