MODELO DE NEGÓCIO Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 310 Conhecendo os dois lados do balcão e buscando um controle maior da própria agenda, ela reforça que seu desempenho como eugência apoia-se em três pontos fundamentais: histórico de atendimentos, bons relacionamentos profissionais e experiência. Instalada em home office e com cinco clientes fixos entre os setores de agronegócio, saúde e infraestrutura, Claudia atua com duas outras profissionais para algumas das demandas nas contas atuais. São elas Flávia Tavares, profissional com quem trabalhou na agência CDI Comunicação e que vive hoje na norte-americana Chicago, mas também usa a comodidade do virtual para atender ao mercado brasileiro; e Eleni Gritzapis, com larga experiência na área de comunicação do grupo Dow e em agência de comunicação corporativa. “Nossas experiências são complementares e isso fortalece o atendimento às necessidades dos clientes”, diz. “Como eugência, temos a vantagem da agilidade e atenção personalizada para os desafios e metas de comunicação das empresas e executivos a que atendemos”, resume. Serviços diversificados garantem demandas para as pequenas As oportunidades de trabalho para um profissional de comunicação corporativa no modelo eugência têm origens das mais diferentes. De uma ligação despretensiosa de um amigo de agência de grande porte ou num evento de premiação que junta empresários e executivos, pode surgir a proposta de um projeto. Embora tenha clientes fixos em sua carteira da eugência Tabs Serviços de Comunicação, o jornalista e assessor Altair Silva sempre é procurado para jobs (ou frilas, dependendo da afinidade com os termos) em diversas áreas. “Já preparei posicionamentos para empresas em crise de imagem, escrevi e editei livro institucional para o setor de seguros, fiz treinamento para executivo que tem agenda com a imprensa, cuidei de revistas de empresas de forma integral, de todas as etapas”, exemplifica. Como muitas eugências atuantes no mercado, experiência, conhecimento especializado e relacionamento são base nos contatos e propostas de trabalho. Silva já atuou nas redações da revista Veja, dos jornais Gazeta Mercantil e O Estado de S. Altair Silva Trabalhar sozinho tem várias vantagens, mas um problema considerável, que é ficar muito tempo consigo mesmo, sem ouvir opiniões contrárias ou complementares às suas. Equilibrar a vida “real” e a digital é algo cada vez mais necessário, não apenas para quem atua no modelo eugência. Passamos muitas horas do dia “vivendo na ponta dos dedos”, conversando muito mais pelo whatsapp ou e-mail, em vez de usar a boca, bem como os olhos e as mãos (ambos ajudam muito a frisar algum ponto em conversas variadas). O hábito de conversar de verdade leva a compreender melhor o contexto. Conversar “de verdade” – falando, ouvindo e vendo – contribui especialmente para formar um juízo de valor mais refinado em assuntos em que temos dúvidas, e precisamos e buscamos um olhar externo.
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