Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 311 Paulo, trabalhou na equipe de comunicação do BankBoston, na Febraban, a reconhecida federação dos bancos, e na Unimed Paulista. Na lista das grandes agências, foi, por mais de três anos, gerente de atendimento na FSB. A criação da Tabs aconteceu em 2012, logo após deixar o cargo de gerente no grupo criado por Francisco Soares Brandão, atualmente a mais diversificada e maior agência de comunicação do Brasil. “Recebi a proposta de ser PJ (pessoa jurídica) em uma empresa que decidiu não trabalhar mais com uma agência de PR no modelo clássico”, lembra. Às diferentes demandas do passado, de livros e revistas, juntaram-se outras que desafiam e surpreendem Silva. Na lista atual estão produção de cases para premiações dirigidas a comunicação corporativa ou de RH, ghost writer de discursos de personalidades, artigos para revistas e portais de temas técnicos e, claro, reportagens que lembram os tempos passados em redação. Como muitas oportunidades vêm de agências de comunicação corporativa de porte, Silva se adianta e deixa registrado que não vai cobiçar a conta do portfólio da empresa. “Nunca entrei nos jobs com a intenção de pegar um cliente que é de outra agência”, diz. “É uma relação de confiança que deve ser respeitada, por princípio”. Para Mara Ribeiro, jornalista e profissional de relações públicas desde os anos 1990, a relação de confiança também é a pedra de toque no compromisso com os clientes. “A grande moeda da vez na comunicação corporativa é a confiança, muito valorizada junto aos clientes», afirma. A empresa Mara Ribeiro Assessoria de Comunicação chegou a ter cerca de 10 clientes em carteira com fee mensal, com a necessidade de infraestrutura adequada e pessoal empregado. Mas a pandemia da Covid-19 forçou uma revisão do negócio, para menos. Atualmente, dentro do modelo mais genuíno de eugência, são três contas fixas e um contrato de job. Preparada para atender aos clientes pessoalmente, seu escritório, como muitos fizeram desde a retomada depois da pandemia, foi para dentro de casa: “O modelo atual de trabalho para eugência é mesmo de home office, juntando parceiros por expertise, por competência”. Apesar da confiança na expansão das oportunidades dos negócios na comunicação corporativa, Mara reconhece que o valor dos contratos na base de fee mensal caiu muito nos últimos cinco anos: “Mas sempre que a economia melhora, os empresários procuram, pensam mais em fazer uma boa comunicação, e os projetos saem do papel”. Mara Ribeiro A principal vantagem em trabalhar com esse formato é a de que o assessorado terá o atendimento e a execução do trabalho feitos de forma personalizada, nada de estagiários, atravessadores, outras equipes atendendo. Haverá, portanto, uma sintonia consolidada entre ambos os lados, baseada sempre numa relação de confiança construída no dia a dia.

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