Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 319 Quando iniciei a pauta sobre inteligência artificial generativa para este Anuário, decidi reunir em um arquivo links de artigos, reportagens e textos instigantes sobre o tema, publicados nos últimos dois anos em diversos idiomas. Ouvi podcasts, assisti a vídeos e fiz a leitura de parte do livro A próxima onda: Inteligência artificial, poder e o maior dilema do século XXI, de Mustafa Suleyman. Artigos científicos assinados por Lúcia Santaella (PUC-SP) e André Lemos (Universidade Federal da Bahia – UFBA), entre outros pesquisadores do tema, apoiaram as leituras. Alguns poucos meses de investigação foram suficientes para a reunião de mais de 400 links de textos e 150 endereços online de vídeos e podcasts. Seria praticamente impossível revisitá-los no momento da escrita. Decidi não usar IA generativa para trabalhar o conteúdo de todo esse material. A decisão tem explicação: esta será a última reportagem que farei de modo totalmente orgânico. Sim, a IA nos afeta e modifica. Exige quebra de hábitos. E propõe transformação. Deixa-nos empolgados com a agilidade e a capacidade no processamento de informações, a possibilidade da personalização da mensagem e a habilidade da análise preditiva, sob os nossos detalhados comandos. E nos incentiva a explorá-la infinitamente. Mas provoca inquietude quando pensamos no volume de texto impreciso que potencialmente ocupará o território online e atacará a reputação de organizações, instituições e pessoas. A plataformização da vida nos expõe a riscos. É ameaça aos corpos hiperconectados. Inteligência artificial promete transformar a comunicação corporativa, apesar dos dilemas éticos Por Adriana Teixeira*

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