Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 326 TECNOLOGIA mandas da agência, reuniões com equipes, indicação de ferramentas seguras, treinamento dos colaboradores, implantação das plataformas e supervisão das funcionalidades durou cerca de oito meses. “Foi elaborado um projeto piloto com a participação de 25 pessoas de diferentes áreas da agência, entre elas early adopters, ou seja, colaboradores com um pouco mais de aptidão para mexer na ferramenta e testá-la. A ideia era explorar todos os usos em todas as áreas da agência”, conta Ilana. “Na verdade, nós só queremos que as pessoas executem menos tarefas repetitivas ou maçantes e dediquem o seu tempo a atividades realmente estratégicas e criativas que façam a diferença na nossa entrega”, completa. O desejo de Ilana parece já ter sido realizado: “Fizemos uma pesquisa com as equipes para medir uso da inteligência artificial e percebemos que as pessoas estão mais felizes. É um ótimo indicativo de que adotaram a IA em suas atividades. As pessoas estão contentes com o uso da inteligência artificial, que economiza tempo na realização de algumas tarefas e assume as atividades repetitivas”. Ilana dá seu depoimento pessoal sobre a relação profissional que mantém com a IA e a o tempo disponível para o pensamento criativo: “Com a adoção da inteligência artificial, esse tempo que me sobra para ser mais estratégica, digamos assim, faz com que eu seja também mais criativa. E permite me envolver em outros temas da agência em que antes eu conseguia por falta de tempo. Nesse movimento pode estar a semente para nascerem novos negócios”. Charisma, companheira da Fato Relevante no Grupo Nexcom, usa a inteligência artificial para fazer previsões: aplicação do modelo de aprendizado profundo de IA para antecipar tendências. “Estamos focados em prever as próximas ondas narrativas para as quais os nossos clientes devem estar preparados para dar as respostas no momento certo”, diz Lucas Brasil, sócio-fundador da Charisma, que nasceu em 2020. O alcance dessa onda narrativa é obtido a partir da leitura de todos os canais de comunicação. “É preciso acompanhar os influencers, as redes digitais, a imprensa, os canais proprietários das próprias empresas, não só do meu cliente, mas dos concorrentes também. A visão analítica é bem mais poderosa que a generativa”, acrescenta. A vertical de IA é outro conceito aplicado na Charisma. “Nós treinamos um modelo de inteligência artificial generativa com grande volume de conteúdo referente a um determinando tema. Na maioria das vezes, alimentamos a IA com conteúdos relacionados aos segmentos dos nossos clientes, para orientar nossas análises. Desenhamos a metodologia para ela interpretar aquele conteúdo da maneira que eu acredito que seja melhor para o meu cliente, com os meus indicadores e os meus próprios parâmetros”, explica Brasil. Nesse caminho para compreender as narrativas, a Charisma acabou por desenvolver indicadores proprietários: “Nós temos hoje indicadores de reputação e de share of voice para clientes de vários segmentos. Começamos desenvolvendo modelos proprietários de Lucas Brasil: “A Charisma caminha para indicadores mais qualitativos” Passo a passo das agências
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