Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 333 mos conectados ao Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia) da Universidade Federal de Goiás − um dos principais polos de pesquisa em IA da América Latina. Isso nos coloca entre um grupo seleto de 20 empresas com acesso direto à pesquisa aplicada, transferência de conhecimento e implementação de soluções avançadas”, diz Trindade. O iaLAB trabalha ainda junto ao Templo, parceiro em capacitação, com o treinamento de 100% da liderança em inteligência artificial. “Também criamos um programa de aceleradores, com 93 profissionais espalhados pela holding e que foram selecionados para multiplicar o conhecimento e a aplicação da IA em seus times”, completa. O próximo passo, segundo Madeira, é fazer com que o uso estratégico de inteligência artificial deixe de ser apenas um diferencial competitivo e se torne um motor de disrupção: “Estamos expandindo a experimentação com agentes autônomos para tarefas de alto valor e testando a integração de IA com frameworks de governança adaptativa. A meta é clara: construir um sistema onde os dados guiem a intuição humana, e não o contrário”. O preparo da equipe é fundamental para a transformação da IA dentro das agências e das organizações. Ela deve ser incentivada para que possa dedicar- -se a acompanhar os rápidos desdobramentos desta tecnologia digital. Não basta tentar convencê-la, simplesmente, de que se trata de uma necessidade do nosso tempo. “A adesão à inteligência artificial não é tão fácil. Existe, sim, alguma barreira. Mas não é por questão de medo e sim pela influência do costume, da rotina. A pessoa percebe-se adaptada com o jeito que realiza suas funções. Temos prazos muito apertados, e a equipe, sem apoio, não consegue pausar e trabalhar de outro jeito”, diz Vitor Elman, líder de criação para Latam na Weber Shandwick e fundador da Cappuccino, agência digital do Coletivo Weber Shandwick. “É preciso investir muito em treinamento e mostrar, realmente, os resultados do uso da IA. Diante deles, a pessoa se impressiona e se convence de que precisa fazer uso daquela tecnologia e transformar o jeito de trabalhar”. A fonte desses treinamentos é a Futures, divisão do Coletivo Weber Shandwick especializada no uso de inteligência artificial generativa, com sede em Nova York. Liderada por Chris Perry, é considerada uma aceleradora de IA, dedicada a orientar seus clientes no processo de desenvolvimento e integração da tecnologia digital, e todas as ações derivadas dessa implementação, em comunicação e marketing. “O primeiro aspecto é o cliente compreender o que é a IA e perceber as mudanças e os impactos dessa tecnologia digital no dia a dia da marca, dos seus produtos, e como ele se posiciona em relação a essas questões”, diz Elman, que atua na área há mais de 25 anos e acompanhou de perto as grandes transformações, desde a chegada da internet. Por ser um hub de conhecimento e laboratório da tecnologia digital, a Futures desenvolve a plataforma apropriada para as demandas de cada cliente. A entrega de soluções customizadas é possível, segundo Elman, porque a Futures também se dedica ao estudo das tendências de cultura e seus temas relacionados, ponto fundamental para quem trabalha com Vitor Elman: “Adesão à IA não é tão fácil, há barreiras”

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