Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 335 o início de um projeto focado nos avanços da IA – primeiro para o público interno, depois os clientes. No plano doméstico, as principais iniciativas foram a elaboração de um guia para servir de protocolo e o lançamento de um programa intensivo de formação, com abordagens teóricas e práticas, para todo o time da agência. “Além disso, realizamos workshops para mapear o uso de IA na agência e identificar eventuais gaps”, diz Olavarria. A mobilização resultou no enriquecimento do cardápio high tech da casa. Nos dois últimos anos, a LLYC desenvolveu uma série de aplicativos para uso interno dos clientes, utilizando diferentes LLMs (acrônimo de Large Language Models, modelos de IA que utilizam aprendizado profundo para entender, gerar e manipular a linguagem humana) por meio de APIs (Application Programming Interfaces) de fornecedores como OpenAI (ChatGPT), Meta (Llama), Google (Gemini) e Anthropic (Claude). O trabalho teve o apoio das cinco startups nas quais a agência detém participações por meio de seu braço de venture capital, a LLYC Venturing, e do MedIAgen, hub de criação que utiliza IA generativa. Segundo Olavarria, “treinado por consultores de comunicação, o MedIAgen gera, para redes sociais e ativos digitais dos clientes, conteúdos os mais diversos 100% alinhados com a narrativa, o tom e o estilo das marcas”. Na visão do executivo, a IA generativa já vem afetando de forma significativa a interação das marcas e empresas com o público e os stakeholders. Atualmente, observa, cerca de 40% das respostas apresentadas a buscas no mundo digital são fornecidas por ferramentas como ChatGPT, Perplexity, Gemini e Google Discovery. “As empresas precisam monitorar o que as IAs generativas falam a seu respeito, para identificar oportunidades de influenciar as respostas”, diz Olavarria, que destaca as mudanças previstas nas atividades do “outro lado do balcão”: “Essa nova realidade terá um impacto direto sobre o desenho e a implementação de estratégias de conteúdo e a estruturação de ativos pelas agências de comunicação. A exemplo do que ocorreu com o surgimento do SEO e o início da gestão das redes sociais, serão necessários novos perfis nas equipes e mudanças importantes nos fluxos de trabalho”. A busca por eficiência e produtividade marcou a chegada da inteligência artificial (IA) generativa no Grupo In Press, segundo colocado no ranking do Anuário da Comunicação Corporativa. A demanda pela tecnologia não partiu da clientela, e sim das empresas do próprio Grupo, que organizou, de outubro a dezembro de 2022, um programa de treinamento para apresentar a novidade e a política interna de uso da IA aos seus funcionáLorenzo Mendoza: In Press prepara novo programa de capacitação interna
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