Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 342 TECNOLOGIA a agência possa dedicar-se mais ao planejamento estratégico. “As questões relacionais, contudo, não podem ser gerenciadas pela inteligência artificial. A área de comunicação tem um lugar sensível para interpretar e fazer essa comunicação mais humanizada, com conexões mais fortes. A IA vai avançar, claro, já tem ferramentas preditivas, mas a análise, a solução e os diálogos não serão resolvidos por ela”, afirma o diretor executivo da P3K. Na CDI, a conversa sobre IA entre agência e clientes segue firme: “O cliente é parceiro na fase dos testes com inteligência artificial. A formação dos times para o entendimento das ferramentas da IA pode ajudar os clientes a entenderem o potencial dessa tecnologia digital. O investimento é considerável. As agências compram ferramentas, adquirem licenças, preparam as pessoas. Todo esse processo pode ajudar na formação do cliente sobre a ferramenta. E vice-versa”, afirma Vasconcelos. A IA transforma, sobretudo, as empresas que ofertam soluções em tecnologia digital para a comunicação interna das organizações. Entre elas está a Dialog, plataforma de engajamento. Pouco tempo depois da chegada do ChatGPT, a IA da OpenAI, em 2022, a empresa lançou o Power IA, serviço que utiliza inteligência artificial generativa para a produção de conteúdo personalizado, com economia de tempo. “Construímos a base de informação de forma segura e protegida”, afirma Hugo Godinho, CEO e cofundador da Dialog. Com o Power IA, é possível ajustar o tom de voz e o objetivo da comunicação, aprimorar a estratégia do conteúdo e otimizar o tempo da equipe de comunicação interna. “Com a inteligência artificial, nós aceleramos e entramos de cabeça. Passamos a ter 800 mil usuários de grandes empresas em nossa plataforma. Muita gente conectada. Fomos descobrindo que há comportamentos em comum e muito dado disponível”, acrescenta o CEO da Dialog. A empresa está presente em diversos segmentos de mercado e oferece Índice de Engajamento – recurso que ajuda as organizações a monitorar e mensurar, em tempo real, o comportamento e a preferência das pessoas inseridas no fluxo da comunicação. “Para a Dialog, engajamento é como o colaborador vivencia a plataforma. Isso significa que avaliamos não apenas curtidas e comentários, mas também os acessos e o tempo de permanência na ferramenta – que indica, por exemplo, o interesse que a comunicação e os conteúdos disponibilizados despertam nos colaboradores. Esse interesse varia de área para área, pois cada público interno tem suas particularidades, que pautam a relevância dos assuntos corporativos. Se os temas trabalhados pela comunicação interna não se conectarem a diferentes equipes, o engajamento dos colaboradores ficará prejudicado”, diz Godinho. As possibilidades de observação, mensuração e recomendação dentro da plataforma da Dialog são amplas: “Posso buscar respostas para perguntas como qual é o funcionário mais engajado. Há as opções de análise quantitativa e qualitativa, para uma avaliação mais profunda. E ainda são realizadas recomendações, como o tipo de conteúdo a ser preparado para engajar mais lideranças. Ou, então, o que pode ser feito na próxima campanha para alcançar engajamento”, diz Godinho. A próxima etapa de desenvolvimento da plataforma de comunicação interna da Dialog é a hiperpersonalização, facilitada pela própria dinâmica do sistema: “No lançamento de uma campanha do Dia das Mães, por exemplo, cada colaborador receberá a mensagem de forma mais apropriada. Uma pessoa vai acessá-la no whatsapp à noite, porque é quando ela abre o aplicativo, e o estagiário, na rede social. A comunicação será feita da forma como engaja cada um dos colaboradores”, exemplifica o CEO da Dialog. Hugo Godinho: “Com a inteligência artificial, nós aceleramos e entramos de cabeça. Passamos a ter 800 mil usuários de grandes empresas em nossa plataforma. Muita gente conectada. Fomos descobrindo que há comportamentos em comum e muito dado disponível”
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