Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025

Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 50 MERCADO DA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA AGÊNCIAS GRANDES E MÉDIAS A verdade, por si só, não basta. Você acredita? No mundo em que vivemos, não vence necessariamente quem tem razão, mas quem conta a melhor história. A guerra das narrativas está em pleno combate, e os dados mostram que quem domina essa arte não apenas sobrevive, mas prospera. Algumas marcas parecem ter fãs em vez de clientes. Não é sorte. É estratégia. Uma pesquisa revelou que quando uma história ressoa emocionalmente, mais da metade das pessoas tem probabilidade de comprar daquela marca no futuro. Histórias bem contadas criam laços, despertam emoções e fazem com que as pessoas se sintam parte de algo maior. E não é exatamente isso que todo mundo busca? A resposta está na soma de storytelling e tecnologia. A inteligência artificial, por exemplo, já é capaz de identificar padrões de comportamento, sugerir caminhos criativos e até ajudar na personalização de mensagens. Mas, calma, isso não significa que as máquinas vão assumir a narrativa. Pelo contrário: elas nos ajudam a entender melhor o que realmente importa para o público. A mágica ainda está em como conectamos esses insights com emoção e autenticidade. É preciso saber equilibrar razão e sentimento. Pense na última vez em que uma comunicação te fez rir, arrepiar e, por que não, mudar de opinião? Havia um superdado por trás, mas alguém soube transformar esse dado em algo que te tocasse de verdade. A tecnologia pode apontar direções, mas são as boas histórias que criam conexão. E essa conexão não se resume apenas ao consumo. Ela também influencia a forma como enxergamos empresas, pessoas e até movimentos culturais. É a tal da identificação, que faz com que um simples comercial vire uma referência e uma marca ganhe um lugar especial na mente e no coração do público. E isso vale para tudo. Seja uma marca tentando conquistar consumidores ou um profissional querendo se destacar, a forma como você se apresenta muda o jogo. Quer um exemplo? Redes sociais são movidas por algoritmos que entendem o que gostamos, o que compartilhamos e o que nos faz parar o scroll. Se as marcas aprendem a contar histórias do jeito certo, o público responde. Se erram, são ignoradas. Simples assim. Mas nem tudo são flores. O uso de dados na comunicação precisa ser feito com responsabilidade. Transparência e ética não são só obrigações, mas parte da construção da confiança. Se uma marca exagera na manipulação ou abusa da personalização invasiva, o efeito pode ser o oposto: desconfiança e rejeição. Afinal, ninguém gosta de sentir que está sendo monitorado o tempo todo. O futuro da comunicação já começou. E ele não é sobre escolher entre criatividade ou tecnologia, mas sobre unir os dois. Quem domina essa arte não apenas se destaca, mas cria histórias que ficam. E, no fim das contas, é disso que se trata: fazer com que sua mensagem não seja só ouvida, mas lembrada. E você, vai continuar achando que boas histórias são só questão de talento ou está pronto para jogar esse jogo de forma estratégica? A próxima grande narrativa pode ser sua. Ricardo Bonatelli, Agência PUB A guerra das narrativas

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