AGÊNCIAS-BUTIQUE Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 80 MERCADO DA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA Ao chegar aos 25 anos de existência, a GPCOM olha o caminho a ser seguido para manter-se conectada com as transformações que já estão impactando o mercado, as marcas e as agências, e aquelas que ainda virão. E não há dúvida de que, nesse olhar, a constatação é de que as mudanças tecnológicas, sociais e político-econômicas seguirão transformando cada vez mais rapidamente o cenário da comunicação corporativa, exigindo inovação, agilidade e uma abordagem estratégica para atender às novas demandas do mercado e do público. A pauta da comunicação corporativa é cada vez mais marcada pela era da informação instantânea, tornando mais desafiadora a gestão da reputação das empresas, diante da rápida disseminação das informações em tempo real, pelas redes sociais. Um cenário que requer monitoramento constante, respostas ágeis e assertivas e, principalmente, estratégias proativas, que mitiguem riscos presentes e futuros. Riscos estes que são potencializados pela reverberação midiática. E, aqui, o trabalho de prevenção a crises – identificando situações potenciais e desenvolvendo ações preventivas –, assim como o apoio estratégico nos casos em que a crise já se instalou, são vitais para preservar a reputação. Por outro lado, a comunicação ganhou uma importante aliada em sua missão: a tecnologia. A análise de dados e o uso de inteligência artificial ganharam protagonismo para monitorar o mercado e acompanhar o fluxo ininterrupto de notícias, fatos e fake news, da exposição das marcas nas mídias sociais e do grande volume de informações circulando pela internet − um cenário intrincado, que requer ações integradas e direcionadas aos diferentes stakeholders. Acresça-se a isso a pulverização de canais, com multiplataformas, cada uma demandando uma linguagem e uma abordagem específicas, sem falar do universo dos influenciadores, multiplicando-se em uma malha intrincada de possibilidades que requer uma análise cuidadosa para avaliar se os perfis estão alinhados aos valores das marcas. Ao mesmo tempo, há os desafios macroeconômicos, que impactam os próprios veículos de comunicação, levando-os a buscar novas fontes de receita, com a publicidade se aproximando do conteúdo editorial, no formato do branded content. A construção de conteúdos relevantes nunca foi tão relevante como agora, exigindo narrativas consistentes com o posicionamento das marcas. E quando falamos de relações com a imprensa – hoje uma parte das ações de comunicação −, esse desafio apenas cresce. Fazer o link entre o que os veículos de comunicação consideram notícia e o que as empresas querem comunicar é uma tarefa cada vez mais complexa, que exige entendimento do jornalismo e dos conteúdos que o público valoriza. Experiência, conhecimento e sensibilidade geram empatia e autenticidade. E, sobretudo, promovem o diálogo para entender as demandas da imprensa e da audiência, e conciliá-las com as necessidades das marcas. Não resta dúvida, nesse contexto, de que a comunicação corporativa, apoiada na inteligência estratégica, na experiência e na criatividade, bem como em valores como a ética e a responsabilidade social, são vetores para uma comunicação corporativa bem-sucedida. Giovanna Picillo, fundadora e sócia da GPCOM Comunicação Corporativa Expertise e visão estratégica: como moldar a comunicação na era da IA
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