Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025

AGÊNCIAS-BUTIQUE Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2025 98 MERCADO DA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA Adoro blábláblá de agência. Já estou na minha sétima, então aprendi a distinguir exatamente o que é “malho” para vender serviço e o que é de verdade mesmo. E é do jogo. Mas tenho visto alguns exageros. Inteligência artificial (IA), por exemplo. Tem muita gente falando que pode até adivinhar o futuro, mas a verdade é que, tirando duas ou três agências grandes, não há nenhuma que possa oferecer produtos totalmente construídos em inteligência artificial. Não vale citar aqueles que já usamos há muito tempo; monitoramento, por exemplo, ou algumas ferramentas de métricas. Nem o uso do ChatGPT, meio abusado, diga-se de passagem. IA de verdade, ao ponto de revolucionar o mercado de PR no Brasil, ainda não veio. O que temos são iniciativas. Algumas bem adiantadas. O que temos são investimentos. Mas nada mais do que isso, a não ser um grande talento para vender o que ainda não entregamos – lá vou eu polemizar mais um ano. E faz sentido no cenário de mercado que estamos vivendo. Os clientes querem comprar novidades, com assinaturas de grife. Mas três meses depois de assinarem o contrato percebem que compraram o verbo conjugado no futuro. E, pior, ninguém mais sabe fazer o básico. Certa vez, uma cliente bastante exigente me disse, no início de um trabalho: “Eu quero, antes de mais nada, o ‘arroz com feijão’, depois você me traz as novidades”. É isso. Os textos têm que ser bem escritos. Os títulos têm que valorizá-los. A equipe precisa saber tomar decisões, ter iniciativa, ter postura corporativa. Os relatórios precisam ter uma versão resumida. Os KPIs devem ser claros. E lealdade com o cliente ainda é tudo! Marco Antonio Sabino, CEO da S/A Comunicação Arroz com feijão

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