Rádio Mega Brasil Online – 20 anos 23 “No começo dos anos 2000 morei em Brasília, como correspondente da ANSA, e como presidente local da Associação dos Correspondentes Estrangeiros fui convidado a participar de um dos congressos da Mega Brasil. Depois fui convidado a dar uma entrevista para o Marco, no programa Café Cultural, sobre um livro que escrevi a respeito da Primeira Guerra Mundial. Por último, veio o convite para participar do Conexão Internacional. Isso me ajudou porque escutávamos as realidades diferentes em forma pessoal. Podíamos compartilhar o que estávamos vivendo. Falar dos temores, as atitudes e reações dos governos. Era como uma válvula de escape de tensões do cotidiano. Aprendi muito, foi interessante trocar opiniões. O Brasil era a mosca branca. Com diferentes matizes, você via a seriedade dos governos para enfrentar [a pandemia] e conseguir a vacina. E o Brasil, com um governo anticientífico: um general no Ministério da Saúde. Um símbolo, para mim. Um grupo musical argentino, Le Luthier, tem uma música de paródia sobre uma ditadura latino-americana qualquer, e eles citam o caudilho, o político e o ministro da saúde é um soldado. Isso 30 anos atrás, e virou realidade no Brasil. Os amigos brasileiros estavam sofrendo. Por trás do lockdown, Boris Johnson, em Londres, e Alberto Fernández, em Buenos Aires, fizeram festinhas em residências oficiais. Sempre na mesma onda, com escândalos e abusos de poder.” Santiago Farrell, jornalista argentino e correspondente da agência italiana de notícias ANSA compartilhando suas receitas preferidas para a época natalina. Mais longevo, o Conexão Internacional, previsto inicialmente para durar um mês, ficou no ar dois anos. Além de Rosana Dias, conectava Maria Luiza Abbot, a Cuca, em Londres, no Reino Unido; José Gabriel Andrade, em Portugal, jornalista que se tornou professor por lá; Sandro Rego (1973-2023), que cobria o norte de Portugal e Espanha; e Santiago Farrel, correspondente da italiana Ansa, em Buenos Aires, na Argentina. As discussões abordaram a evolução da pandemia em todo o mundo, bem como questões políticas, econômicas e geopolíticas.
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