Jornal da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | Especial

DIA DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 18 Quando pensamos em tendências de comunicação normalmente as conectamos com o domínio da informação, com dados, mensuração, gestão do cliente e ferramentas que nos tragam análises e inovação. Mas avalio que, tão importante quanto esses temas, o futuro da comunicação empresarial passa fortemente pelos processos e ações que tragam o fortalecimento da reputação corporativa. As empresas estão sendo chamadas, cada vez com mais intensidade, a provarem para seus clientes que atuam de forma ética e de maneira sustentável. E a comunicação é o caminho mais curto para mostrar isso aos diferentes públicos. A pandemia reavivou nas corporações o quanto elas precisam estar conectadas com a sociedade, com seus colaboradores e com todos os demais stakeholdersde uma maneira verdadeira, com caráter e com valores sólidos. Temas como sustentabilidade, ética, diversidade, respeito voltaram à tona com intensidade. Com essa realidade, fortalece o papel das áreas de comunicação e faz com que o profissional dessa área prepa - re-se melhor para envolver-se nas discussões e decisões estratégicas das corporações. Entre os skillsque serão cada vez mais exigidos estão o pensamento sistêmico, a visão 360º do negócio, a liderança assertiva da sua equipe e a capacidade de influenciar os líderes. E dentro de todo o escopo que a comunicação corporativa abrange, temas como cultura organizacional e engajamento dos colaboradores ganham um destaque maior. Fortalecer a cultura interna faz comque a imagemda empresa se fortaleça. Por final, precisamos de profissionais que estejam sem - pre atualizados e conectados com as tendências da comunicação. Cursos, seminários, networking , eventos da área, troca de experiências ebenchmarkingsão recursos obrigatórios para qualquer profissional. Estamos diante de um mundo dinâmico e em transformação, por isso a importância de estarmos conectados com as pessoas. Um ensina o outro e ao final temos melhores soluções para nossas corporações e para o nosso ambiente profissional.  Pensamento sistêmico, visão 360º, liderança assertiva e capacidade de influenciar Carmem Murara, Diretora de Relações Institucionais e Governamentais do Grupo Marista Comunicar, Comunicar e Comunicar Fabio Toreta, Superintendente de Comunicação da Sabesp Se o grande mantra da Organização Mundial de Saúde na pandemia da Covid-19 foi “testar, testar e testar”, o mote que nos norteou nesse período e que aponta os caminhos à nossa frente tem sido “comunicar, comunicar e comunicar”. A crise que enfrentamos este ano acelerou muitas tendências e ficou claro que as empresas precisam estar cada vez mais ao lado dos colaboradores, clientes, fornecedores e todos os públicos de interesse. Acredito que a sociedade voltou os olhos atentos às empresas esperando que elas fizessem a sua parte não só na questão da saúde, mas também nas transformações necessárias para atingirmos o mundo melhor que almejamos. Numa era de cada vez mais transparência, onde estamos todos expostos, essa comunicação precisa ser algo consistente e não apenas um movimento de washing . É preciso integridade nesse processo. É importante ainda lembrar que o nosso papel na comunicação é também o de ouvir a sociedade e levar para dentro da empresa esses insights . E, na outra via, comunicar para o mundo ao redor as mensagens e ações com as quais a companhia deseja contribuir nesse processo de transformação. Esse trabalho começa dentro da empresa, com um processo de escuta, cuidado e compartilhamento com os próprios funcionários, que ganham mais protagonismo, canais e formas de ouvir e se expressar. Depois segue para um diálogo horizontal e franco com o consumidor, o acionista, o fornecedor e os órgãos reguladores. Um processo de engajamento gradual que fortalece a comunicação e enriquece os nossos relacionamentos. É um mundo de oportunidades de comunicação que se abre de uma forma viva, orgânica, em que não temos a pretensão de controlar o processo, mas contribuir, participando de forma decisiva. Penso que podemos colocar isso em três pilares: presença, proximidade e pertinência. Temos que estar sempre presentes nesse enorme diálogo multilateral e caórdico que o mundo se tornou; precisamos estar próximos das pessoas, principalmente daquelas que mais precisam de nós; e, por último, mas não menos importante, o que comunicamos precisa ser relevante para a sociedade, que faça parte da vida de cada um e seja reconhecido como tal.  As reflexões deFábio Toretta , da Sabesp, seguem na direção de valorizar a escuta, os insigthspor ela gerados e de como a comunicação deve ser entendida nesse processo apoiada em três pilares: presença, proximidade e pertinência. Também temos aqui a visão deCarmem Murara , do Grupo Marista, acentuando a importância de a comunicação trocar a tática pela estratégia, influenciar os processos decisórios e ter uma atuação 360º.

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