Anuario Brasileiro do Cobre | Brazilian Copper Yearbook 2020

Anuário Brasileiro do Cobre Brazilian Copper Yearbook 2020 57 Problemas na criação artificial de peixes - A logística do espaço para criação de peixes é simples. É necessário um ambiente controlado no qual eles possam crescer e, posteriormente, ser retirados. Os compartimentos convencionais são feitos de mate- riais sintéticos, como o nylon e/ou produtos à base de petróleo, os quais não são considerados os mais adequados devido a vários fatores. Os materiais sintéticos são mais suscetíveis à da- nificação, principalmente em face das tempestades, com riscos e grandes perdas econômicas, além de interromper a cadeia de abastecimento. Também não oferecem segurança em relação a predadores, como leões-marinhos, focas, tubarões e outros, que podem danificar e romper o compartimento e levar ao esca- pe de peixes. Outros pontos a serem considerados são que as redes sintéticas têm vida útil de apenas três meses, exigem manutenção dispendiosa e consumo de ener- gia, além de não serem recicláveis e comprometerem o meio ambiente. Os compartimentos podem abrigar peixes contaminados que podem requerer antibióti- cos, devido ao acúmulo de materiais orgânicos, como micro-organismos e plantas. Com todos estes problemas, a indústria mundial de aquicultura deixa grandes pegadas de carbono. O cobre como solução para a criação sus- tentável de peixes - As soluções para os problemas enfrentados pela aquicultura podem ser obtidas com a utilização de redes de liga de cobre, que propor- cionam economia e sustentabilidade na criação de peixes. As novas tecnologias do uso do cobre resolvem a questão das mudanças climáticas. As redes de liga de cobre são fortes e resistem a tempestades e a condições extremas no ambiente marinho. As redes de ligas de cobre possuem vida útil de aproximada- mente cinco anos, reduzem o consumo de energia e o gasto com manutenção. Também possibilitam um ambiente mais saudável para os peixes, menores ciclos de safra e menos ati- vidades com alto consumo de carbono. Por ser 100% reciclável, o cobre representa redução da pegada de carbono. Além de melhorar a circulação da água, as redes de ligas de cobre inibem a proliferação de parasitas e patógenos que poderiam infectar os peixes porque mantêm altos os níveis de oxigênio. Ao evitar a infec- ção, reduzem a necessidade de utilização de antibió- ticos e de produtos químicos, o que representa uma queda de 15% nos custos de alimentação, além de o produto ser mais saudável. Estas redes ainda mantêm mais estáveis os vo- lumes dos compartimentos, por serem mais fortes, maleáveis e resistentes a intensas ondas e corren- tes. Com isso, previnem ataques de predadores e aglomeração e escape de peixes. Em decorrência de sua durabilidade, não precisam ser limpas a todo momento, o que diminui os custos de manutenção. A degradação de material ao longo do tempo é muito pequena, devido a um revestimento protetor. Além disso, o cobre tem alta resistência à corrosão. Todos estes fatores contribuem significativamen- te na redução das emissões de C0 2 , principalmente em comparação com as redes de polímeros.

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