Revista Locação 101

19 Cenário indicadores promissores. A entidade atribuiu ao contexto essa largada com o freio de mão puxado. Historicamente, o primeiro bimestre tem as piores médias de vendas de veículos no ano, devido às paradas nas fábricas e feriados. Os impactos da variante ômicron sobre a força de trabalho também contribuíram para o resultado aquém do esperado. Em janeiro, a produção de veículos atingiu 145,4 mil unidades e foi 27,4% inferior à de janeiro de 2021. O presidente da Anfavea também alerta para o fato de que a indústria automobilística começa 2022 lidando com o novo sistema do Registro Nacional de Veículos em Estoque, o Renave, idealizado para desburocratizar e trazer maior segurança ao processo digital de licenciamento. Segundo ele, a curva de aprendizado de todos os agentes envolvidos nessa operação da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) atrasou alguns licenciamentos de veículos vendidos em janeiro, mas a situação já está normalizada. Moraes ainda aposta numa boa reação do mercado para este ano, apesar de um primeiro mês frustrante. “Os problemas causados pela ômicron deverão ser amenizados nos próximos dois meses, permitindo um quadro mais próximo da normalidade em todas as atividades. Não teremos todos os semicondutores que precisamos este ano, mas o nível de escassez será menor que em 2021. O único sinal de alerta é para a alta dos juros acima do que era esperado, o que pode desaquecer o mercado, caso não haja contrapartidas que tragam algum alívio para o orçamento dos consumidores”, disse o dirigente. Na Fenabrave, Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, o clima também é de otimismo moderado. O presidente da entidade, José Maurício Andreta Jr., diz que 2021 terminou com crescimento superior a 10,5%, considerando os emplacamentos de todos os segmentos automotivos. “Foi positivo, mas aquém do estimado inicialmente, em torno de 16%”, observa ele. Andreta acredita que 2022 será um ano ainda mais desafiador. “Teremos eleições e a projeção para o PIB é próxima de zero. Há que se considerar também os reflexos do aumento das taxas de juros, que impactarão os financiamentos. Projetando que a regularização da oferta dos componentes para a produção deva ocorrer a partir do segundo semestre, é possível estimar um crescimento global de 5,2% para todos os segmentos automotivos e de 4,4%, se considerarmos, apenas, automóveis e comerciais leves”, completa. n houvesse um ambiente de negócios mais favorável e uma reestruturação tributária sobre os produtos industrializados”, acrescenta Moraes. Em fevereiro, ao fazer o comparativo dos últimos 12 meses e avaliar o desempenho do primeiro mês do ano, a Anfavea não apresentou JOSÉ MAURÍCIO, DA FENABRAVE: EXPANSÃO COMEDIDA

RkJQdWJsaXNoZXIy NDU0Njk=