Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2020

12 Eduardo Ribeiro DAS AGÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO S e chegaram próximas a beliscar a marca dos R$ 3 bilhões em 2018, atingindo um faturamento bruto de R$ 2,87 bilhões, o ano de 2019 trouxe uma grata surpresa para quem apostava numa queda setorial: pela primeira vez na história as agências de comunicação suplantaram essa marca, atingindo uma receita total de R$ 3,02 bilhões. Diante de um cenário volátil, marcado por profundas e complexas questões políticas, o crescimento nominal verificado, de 5,4%, pode ser considerado um feito, ainda que, descontada a inflação, ele caia para modestos 1,1%. Foi o segundo ano seguido de crescimento, contra os três anteriores em que o segmento andou de lado, praticamente estagnado. E deverá deixar saudades, a considerar-se o provável desastre que pode estar em curso em 2020, com o pandemônio provocado na saúde e nos negócios pela pandemia da Covid-19. A Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação foi respondida este ano por 182 agências de quatro das cinco regiões do País, ficando de fora apenas a região Norte. Três outras agências enviaram, após o fechamento da Pesquisa, as informações de faturamento e número de colaboradores e por isso os rankings estão com 185 agências. Os editores obtiveram, ainda, informações extraoficiais de outras 130 empresas de diferentes portes, especialidades e regiões, o que garantiu parâmetros ainda mais sólidos para as Apesar do baixo aumento de 1,1% no faturamento, descontada a inflação, setor registra segundo ano seguido de crescimento estimativas de faturamento de agências e de todo o setor. Como nos anos anteriores, a análise e a ponderação dos dados foram realizadas pelo Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas, sob a coordenação do diretor Maurício Bandeira, que faz esse acompanhamento desde a primeira edição, em 2009. O Ranking das Agências de Comunicação (base de 2019), por faturamento, reuniu 96 agências, 31 delas no segmento das grandes e médias e 65, no de micros e pequenas, número muito próximo do ranking anterior (base de 2018), que contou com 105 agências, 33 delas de grande e médio portes e outras 72 de micro e pequeno portes. O Grupo FSB mantém-se na liderança pelo nono ano consecutivo, só que em 2019 ampliou a diferença para o segundo colocado, o Grupo TV1, de R$ 55 milhões (R$ 243 milhões contra R$ 188 milhões), para R$ 85 milhões (R$ 255 milhões contra R$ 170 milhões). Dentro do setor, é um número absolutamente fora da curva, com quase R$ 100 milhões de diferença para o 3º colocado, o Grupo In Press (R$ 158 milhões); e mais de três vezes superior ao quarto colocado, o Grupo Ideal (R$ 75 milhões). A maior surpresa do ano foi a acentuada queda da CDN, cujo faturamento foi estimado em 2019 pelos editores em R$ 51 milhões. Aqui cabe uma explicação. Nos últimos anos, desde que passou a

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