Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2020

132 O mundo mudou, e a comunicação também N esse mundo que se ajusta à pandemia provo- cada pela Covid-19, nada pode ser mais pre- cioso do que observar essa nova realidade no detalhe. Primeiro, fomos bombardeados por um grande volume de informações sobre o vírus, sobre os cuidados necessários para a prevenção e sobre adaptações em uma sociedade em quarentena. Ago- ra, encaramos ondas diárias de descobertas, apren- dizados e uma infinidade de mudanças comporta - mentais. Estamos trabalhando de casa (ou dormindo no trabalho, como costumava falar um de nossos diretores) e unindo pessoal e profissional como nunca. E estamos todos também consu- mindo e absorvendo mais informa - ção, em múltiplos canais, muitas vezes simultâneos. O fato é que essa situação toda provoca inevi - tavelmente mudanças não só de comportamentos, mas de desejos, valores e anseios. Nunca houve tan- ta transformação em tão pouco tempo e nunca se produziu tanta informação qualificada como agora – com uma variedade de ferramentas disponíveis. E precisamos olhar de perto para isso. As ações reali- zadas e implementadas como parte do trabalho de reconstrução do nossomundo vão ser lembradas por todos. Dessa forma, a capacidade de nossos profis- sionais de analisar esses dados e transformá-los em insights para as áreas de comunicação e marketing das empresas vai fazer – e já vem fazendo – mais diferença ainda. Temos tudo para ser os agentes da virada das mar - cas para o “novo normal”. Diariamente, temos assistido a discussões feitas em cima de núme- ros e dados que surgem por meio de novos levanta - mentos e amos - tragens. Para ci- tar alguns deles, recente pesquisa realizada pela Kantar, com 500 brasileiros, mos- tra que centen- nials e millenials – que se situam entre as faixas de 18 a 24 e 25 e 34 anos, respectiva- mente –, têm uma enorme expectativa em relação às marcas daqui para frente. Quase metade desse público acha que as marcas vão ter de servir de exemplo e li- derar as mudanças, enquanto apenas 31% das pessoas ouvidas com mais de 55 anos pensam o mesmo. Cerca de 35% dos mais jovens esperam que as marcas usem seu conhecimento para informar os consumidores, ao mesmo tempo em que 28% dos mais velhos vão nessa mesma direção. O levantamento aponta, ainda, que esses jovens adultos são fortes formadores de opinião e vão ter um protagonismo maior na relação empresas x clientes. Eles consomem de tudo e estão aventu - rando-se a consumir até mesmo au- las de culinária em casa. A leitura inteligente de dados desse tipo traz não apenas insights , mas eficiência e proteção para as marcas, enquanto representa a possibilidade de ampliação do portfó - lio de produtos e serviços de agências, a exemplo da Máquina Cohn & Wolfe. O Business Intelligence ou inteligência de dados, como queiram chamar, é par- te de nosso dia a dia assim como o investimento em planejamentos mais curtos, diante de mudanças tão rápidas de cenário. Precisamos investir cada vez mais em times especializados e capacitados para ofere - cer ao mercado a combinação do conhecimento do jornalismo, da produção do conteúdo, da análise de dados e da geração de informações que irão norte- ar as estratégias de aproximação e de comunicação eficazes para as empresas com seus consumidores, tudo isso em am - bientes digitais. Assim como ouvimos diaria - mente que nada será como antes após essa pande - mia, que o mundo mudou, a comuni- cação já está pas- sando por essa transformação. A comunicação efi- ciente faz sentido com o momen - to, dialoga com seu consumidor, conecta-se com seus anseios e faz tudo isso porque está embasada em dados e infor - mações. Rosa Vanzella Sênior VP da Máquina Cohn & Wolfe Simone Iwasso Sênior VP da Máquina Cohn & Wolfe

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