Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2020

34 2020 Agências de Comunicação PESQUISA MEGA BRASIL todos os marcadores atingiram a área abaixo dos 50 pontos, que aponta para falta de confiança/pessimismo em relação ao futuro próximo e avaliação de piora da situação atual comparada com os últimos seis meses. A comparação do índice calculado com a amostra de respostas coletadas antes de 16 de março, início da quarentena em São Paulo, com a amostra obtida após essa data, indica uma queda drástica dos indicadores, ainda que o viés de baixa também tenha se apresentado nas respostas registradas no primeiro lote de entrevistas. As marcas atingidas no ICECC em 2020 apontam para 1. Perfil das agências um cenário complexo, de dificuldades econômicas e ainda indefinido em todos os seus contornos. A pesquisa- termômetro Impacto da pandemia nos negócios , também publicada nesse Anuário, já indica possíveis situações como diminuição de colaboradores nas agências, redução dos valores de contratos com clientes, cancelamento de contratos, redução do faturamento, entre outras. Também a perspectiva de implementação de planos de expansão é bem menor esse ano, principalmente nas respostas obtidas após os efeitos pronunciados da pandemia (após 15 de março). Pela primeira vez mais agências não pretendem expandir, 50,3%, do que as que intencionam implementar algum projeto de crescimento, 49,7%. Antes da quarentena eram 63,2% que pretendiam implementar algum plano de expansão. Como a economia do mundo e do Brasil sairá dessa crise, com que profundidade o mercado de comunicação corporativa será atingido e que mudanças estruturais e comportamentais advirão desse impacto global, ainda não se sabe ao certo, se é que haverá mudanças. Já existem muitas reflexões e hipóteses, mas é certo que 2020 ainda não acabou! S egundo a amostra, a década entre 1993 e 2002 é a que re- gistra o maior número de cria- ção de agências. O ritmo dimi- nuiu de intensidade desde 2016, o que coincide com os anos de crise econômica no País. A região Sudeste mantém a maior concentração de agên- cias de comunicação em rela - ção às outras regiões do País, 83,5%. O Estado e a cidade de São Paulo também registram índices de concentração bas- tante elevados, 69,8% e 64,3% respectivamente. As duas cida- des que figuram em segundo e terceiro lugares são Belo Ho- rizonte (6,6%) e Rio de Janeiro (4,4%). A região Sul aparece em segundo lugar entre as regi - ões com 7,7% e o Nordeste, em terceiro, com 6,0%. Neste ano, pela primeira vez, não houve participação de nenhuma agên- cia da região Norte, que sem- pre figurou na última posição inter-regional. A esmagadora maioria das agências não integra nenhum grupo nacional, 94,5%; e 89,0% não fazem parte de nenhum grupo internacional. As agências que participam de grupos na - cionais e/ou internacionais são as de maior porte, e em menor número no mercado. Esse perfil também se aplica à caracterís- tica do capital das agências. Em 91,8% das empresas pesquisadas o capital é 100% nacional. Essas características, já identificadas nos resultados da pesquisa nos anos anteriores, indicam o alinhamento internacional dos maiores players desse mercado no País, em grande parte com participação de capital interna - cional nessas agências. A especialização em setores econômicos ou em produtos/ serviços continua ocorren - do em aproximadamente um quarto das agências, como foi

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