PESQUISA MEGA BRASIL 2022 Anuário da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | 2022 178 1 AVALIAÇÃO DE 2021 Os impactos da pandemia da Covid-19, que ainda se estendem sobre 2022, estabeleceram novos desafios para as agências de comunicação corporativa no Brasil em 2021. Após um primeiro ano, 2020, em que a contração dos negócios foi bastante intensa e as perspectivas de retomada no ritmo da economia estavam totalmente nebulosas, o ano de 2021 apresentou uma mescla de continuidade desses efeitos negativos da desaceleração econômica geral do País e do mundo, com efeitos positivos no crescimento da importância da comunicação corporativa nas empresas, de renovação nos métodos de gestão de equipes e maior alcance das prospecções pela via remota. Todos os quesitos avaliados em 2022 e 2021 por esse estudo sobre os efeitos negativos causados pela pandemia nos negócios de comunicação corporativa tiveram melhora expressiva. Assim, ainda que tenham sido indicados por expressivo número de entrevistados, caíram de 66,8% para 47,8% as indicações de “redução de valores de contrato/fees”, de 40,2% para 24,6% a “suspensão de contratos” e de 41,5% para 22,0% a indicação de “cancelamento de contratos”. Especificamente em relação aos efeitos da pandemia sobre as relações de trabalho com os funcionários das agências, também a avaliação ficou melhor neste ano em comparação com o ano passado. Caiu de 16,6% para 9,1% a citação de “demissão de colaboradores”, de 11,8% para 6,9% a indicação de “suspensão provisória de contrato com colaboradores” e de 15,7% para 6,0% a “redução de remuneração de colaboradores”. Dos principais pontos positivos que resultaram desse inédito desafio proporcionado pela pandemia, enxergados até aqui pelas agências, destacam-se a indicação por 32,3% dos entrevistados de que “cresceu a importância da comunicação corporativa nas empresas”; por 29,3%, a indicação sobre o “aprofundamento da transformação da comunicação digital, mídia e serviços online”; 20,7%, sobre o trabalho em home office − “quebrou a barreira cultural para o home office”; e, com 13,9%, “possibilidade de conexões remotas com pessoas e conteúdos reordenou os processos de trabalho, possibilitou mais prospecções”. Outros impactos positivos também citados, em menor proporção, foram: crescimento de projetos de comunicação interna/endomarketing (6,5%), novas formas, reestruturação de processos de gestão de equipes e projetos (6,0%), incentivou a criatividade, inovações para novas formas de se comunicar (5,6%), aumentou a produtividade e melhorou a agilidade nos processos de trabalho (5,6%), reduziu custos administrativos e operacionais em geral (5,2%) e, cresceu a importância da comunicação corporativa para gestão de crise (5,2%). Os efeitos negativos também se fizeram presentes em 2021. Destaques para “crise econômica provocada pela pandemia, desaceleração da economia” , com 23,3%; a “redução dos recursos das empresas para investir em comunicação corporativa”, com 20,3%; os impactos da “ausência de contato presencial com colaboradores e clientes”, com 16,8%; a “perda de clientes, suspensão ou redução de contratos, inadimplência de clientes”; com 15,1%, o “aumento da demanda de trabalho sem aumento dos valores contratuais, dos fees”, com 12,9%; e, com 10,3%, “danos à saúde mental dos colaboradores, estresse pelo momento atual da pandemia”. Outros impactos negativos também citados, em menor proporção, foram: “contato com jornalistas das redações ficou mais difícil” (6,0%), “dificuldades de gestão com o atual modelo de trabalho” (5,6%), “cancelamento de eventos corporativos presenciais” (4,3%) e “concorrência mais acirrada no mercado” (4,3%). 1.1 Ainda o impacto da pandemia da Covid-19 no setor de comunicação corporativa, em 2021
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