Jornal da COMUNICAÇÃO CORPORATIVA | Especial de NATAL 2022

26 2023 começará comuma grande tarefa para todos os líderes e empresas no Brasil: estamos reaprendendo a trabalhar. Depois dos anos pandêmicos, em que o home office foi a solução que encontramos coletivamente para enfrentar os desafios impostos pela Covid, pudemos comprovar que, sim, o trabalho à distância funciona. Funciona tão bem que muitos de nós ainda trabalham mais dias em casa do que no escritório. É uma maneira de conseguirmos conciliar melhor nossas demandas pessoais com as profissionais. E isso é ótimo. Mas, os desafios não param por aí. Se por um lado, conseguimos trabalhar de maneira eficiente e com qualidade no formato híbrido, por outro, precisamos estar ainda mais próximos de nossos talentos e times. Precisamos ouvir e observar com atenção o que nossos colaboradores esperam de nós, o que eles precisam. Uma pesquisa recente da consultoria PwC, a 25ª CEO Survey, ouviu mais de 4.400 executivos em 89 países, incluindo o Brasil, e identificou que 77% dos líderes acreditam que o crescimento global vai acelerar em 2023. Mas, para acompanharmos esse crescimento, precisamos investir em pessoas – e, afinal, o que elas buscam? O mesmo estudo aponta que o engajamento e a intenção desses talentos de permanecer nas empresas atuais vai exigir mais do que remuneração atualizada. Desenvolvimento de habilidades e upskilling são atrativos para os profissionais especializados ou que trabalham em áreas em que são amplamente disputados. Como o Brasil é o quarto país em que há mais gaps entre vagas de trabalho e profissionais qualificados (atrás de Tailândia, Índia e Kuwait), 64% dos participantes brasileiros afirmaram que tendem a pedir aumento no próximo ano e 19% dizem estar extremamente ou muito propensos a mudar de emprego. Ou seja, para reter talentos em áreas amplamente disputadas e especializadas, a remuneração é muito importante, mas os atrativos vão além. Trabalhos gratificantes e autenticidade para o processo laboral são dois componentes largamente almejados pelos profissionais atualmente. Aqui no Brasil, 93% dos entrevistados disseram que temas sociais sensíveis são alvo de conversas importantes no ambiente de trabalho – contra 85% dos entrevistados no mundo. Isso significa que nossos escritórios estão mais politizados e é preciso respeitar (e permitir) esse espaço para as conversas sociais e sobre agenda política que circulam internamente e espontaneamente. Ainda no Brasil, outra preocupação importante é que apenas um terço dos empregados dizem que a empresa os ajuda a reduzir o impacto ambiental de seu emprego – e as ações de ESG são de extrema importância para os trabalhadores do mundo moderno. Afinal, todos querem fazer sua parte para colaborar com a saudabilidade do planeta. Por isso, empresas com pautas e planos de ação ligados ao meio ambiente e aos temas sociais tendem a ser mais atrativas.

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