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ANFAVEA

Empate e vitória

Se as previsões da Associação Nacional

dos Fabricantes de Veículos Automotores

(Anfavea) estiverem corretas, neste ano os

consumidores brasileiros comprarão 3,498

milhões de veículos, quantidade exatamente

igual àquela que foi adquirida em 2014.

Em se tratando de produção, porém,

a expectativa é diferente: as montadoras

terão de trabalhar mais para expandir em

4,1% o volume de carros montados em

2014, que somou 3,15 milhões de unida-

des. Esse acréscimo de 129 mil veículos

fabricados será necessário para atender

à demanda do mercado externo. “Vamos

recuperar parte das exportações perdidas

no ano passado”, explicou Luiz Moan, pre-

sidente da entidade.

Ao apresentar as previsões, Moan fez

questão de dizer que os dados são fruto

de amplos estudos técnicos com base no

“cenário realista”, realizado em momento

de “pior cenário”. Assim, deixou a enten-

der que qualquer alteração, se houver, será

para melhorar o quadro delineado no início

do mês de janeiro.

Entre os fatores positivos citados para

sustentar as expectativas, o presidente da

Anfavea destacou a nova legislação, que

facilita a retomada do bem em caso de

inadimplência, “fazendo com que o sistema

bancário se anime a voltar a financiar”. Ou-

tro ponto favorável à indústria nacional é a

valorização do dólar frente ao real, o que

aumenta o preço dos carros importados e

reduz suas vendas, deixando espaço para

os brasileiros ocuparem essa lacuna.

Com relação ao possível temor de retra-

ção nos programas de incentivo ao setor,

como o de Renovação da Frota de Cami-

nhões e o Exportar-Auto (segundo a própria

Anfavea, é um “conjunto de medidas que

viabilizará a melhoria da competitividade

brasileira no cenário internacional e possibili-

tará a exportação de 1 milhão de autoveícu-

los e 40 mil máquinas autopropulsadas por

ano até 2017”), Luiz Moan disse acreditar

que ambos continuam, embora o de Reno-

vação de Frota tenha sido redimensionado.

Inicialmente, esse programa estava pro-

jetado para a troca anual de 30 mil cami-

nhões commais de 30 anos de idade. Agora,

iniciará a operação em caráter experimental,

com pequena quantidade (ainda não defini-

da) de veículos, para as autoridades avalia-

rem seu impacto na fluidez do tráfego e na

redução de custos com mobilidade e as-

sistência médica e hospitalar (devido à me-

nor quantidade de acidentes). Fato é que a

chance de esse programa iniciar em 2015 “é

total”, segundo o líder setorial, sustentando

sua convicção no fato de que as autoridades

estão cientes de sua importância.

Os números de vendas de veículos no mercado interno em 2015

serão iguais aos do ano passado, prevê Anfavea. Mas a produção

crescerá 4,1%, alavancada pela expansão nas exportações.