Revista Locação 97

19 AS LOCADORAS ESTÃO ADMINISTRANDO A FROTA DA MELHOR MANEIRA POSSÍVEL, INCLUSIVE ADQUIRINDO VEÍCULOS SEMINOVOS que apontam para um aumen- to da quilometragem média dos veículos. A situação é a mesma em outros mercados do Hemisfério Norte? CB: Não, essa é uma situação própria do mercado america- no, onde a retomada pós-Covid foi muito rápida. Na Europa, essa recuperação está sendo mais lenta. Há algum aspecto positivo nesse cenário? CB: Sim, as locadoras que pu- derem desmobilizar suas frotas nesse momento vão conseguir preços convidativos nos leilões. Outro aspecto positivo é a perspectiva de incremento no faturamento. Do ponto de vista financeiro, as empresas de loca- ção são hoje um bom investi- mento. Elas estão sendo vistas com bons olhos pelos bancos. PROCURA POR ALTERNATIVAS PARA ALUGUEL DE VEÍCULOS NOS ESTADOS UNIDOS FEZ COM QUE ATÉ MOTORHOMES FOSSEM INCORPORADOS À FROTA REFLEXOS DA DEMANDA EM ALTA AFETAM TAMBÉM LOCADORAS NO BRASIL A alta demanda pelos serviços e a baixa oferta de veículos, em virtude do descompasso no abastecimento da indústria automotiva, fez com que as tarifas das locadoras tivessem um aumento nos Estados Unidos. Aqui, as empresas que atuam no setor já estão sofrendo os mesmos reflexos. É hora de avaliar a recomposição das tarifas sob o efeito dessa nova realidade, que pode durar meses. É a chamada lei da oferta e procura, princípio básico da economia, que acaba determinando os preços praticados. Com grande demanda e oferta reduzida, os preços tendem a subir. Se a empresa não acompanha essa tendência, ela pode ter problemas financeiros adiante e não suportar por muito tempo operar com preços defasados. As empresas precisam, portanto, estabelecer um ponto de equilíbrio nos preços pratica- dos, para não haver uma “quebradeira geral" entre as locadoras que não acompanharem o comportamento do mercado.

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