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Jorge Miguel diz que é fundamental en-

tender quais são de fato os custos fixos, os

custos variáveis, as despesas administrati-

vas, os impostos e as taxas: “Por exemplo:

custos fixos são aqueles que independem

da locação do veículo, ou seja, alugado ou

não estes custos existem e devem ser re-

munerados”. Já os variáveis só acontecem

quando o veículo está alugado, tais como o

desgaste de pneus e a manutenção”.

Com relação às despesas administrati-

vas, o economista diz que são aquelas que

não estão ligadas à quantidade produzida

e são destinadas a gerir o negócio. “É exa-

tamente a despesa administrativa que dife-

rencia cada uma das locadoras”, salientou.

Impostos e taxas, que incidem sobre o fa-

turamento, também devem compor o preço

final. Jorge Miguel adverte que a incorpo-

ração incorreta dos impostos pode gerar

prejuízos à locadora.

Outra dúvida de muitos administradores

diz respeito ao fato de lançar ou não como

custo a ocupação pela empresa de imóvel

próprio. “Não é um custo, mas entra como

despesa, pois não está ligada à quantidade

produzida”, explica ele. “O fato principal é

que, se este imóvel não estiver sendo utili-

zado pela locadora, certamente estará ge-

rando recursos, seja por meio do aluguel ou

mesmo sendo vendido”, esclarece. “O fato

de ser próprio pode significar uma vanta-

gem competitiva em determinado período.”

Outra indefinição dos empresários no

momento do balanço se refere ao que é

“desembolso”, o que é “custo” e o que é

“investimento”. Jorge Miguel confirma que

passou a explicar cada um desses itens

no curso, “pois há muita confusão entre os

técnicos e em parte dos empresários”.

Para não deixar dúvida, ele detalha: “De-

sembolso é a efetiva saída de recursos do

caixa e pode ocorrer antes, durante ou de-

pois do custo. É comum acreditarem que o

fato de que, por já ter sido pago, o custo ou a

despesa deixa de existir e, por isso, o preço

da locação pode ser menor”, salienta.

Jorge Miguel enfatiza que “custo é o

gasto ligado diretamente à quantidade pro-

duzida, e em alguns casos não há desem-

bolso, mas o custo existe. Um típico exem-

plo é o custo com seguro do casco, que

muitas vezes não é desembolsado, mas

mesmo assim deve ser considerado como

item de custo”, afirma.

Ele define investimento como sendo

todo o aporte de capital feito na empresa,

seja ele dos sócios ou de terceiros. “Inde-

pendente do dono deste capital, ele deve

ser remunerado. Se for dos sócios é lucro;

se for de terceiros, é juro.”

O economista esclarece também o que

é idade financeira de um veículo. Aliás, ele

prefere chamar de vida econômica: “É o

período em meses em que o veículo fica à

disposição para locação, ou seja, que gera

faturamento. No setor de locação são ado-

tadas várias vidas econômicas, em função

da estratégia das locadoras, que podem

variar de 6 a 24 meses”.

Sobre o curso de capacitação ABLA

Aprimoramento da comunicação e melhoria da gestão foram

contemplados no planejamento. As informações são da Lodi Consultoria

Segundo Jorge Miguel dos Santos, a metodologia de cálculo é uma das inovações do atual curso de capacitação

ABLA, em comparação com a versão anterior. “O método aplicado é o do Custo Total. Resumidamente, é a soma dos

custos e despesas adicionados do mark-up, uma margem que inclui impostos e lucro.”

O programa atual utiliza o Custo Direto, no qual são incluídos somente os custos gerados diretamente em cada

locação. “Neste método o papel do empresário é identificar se há margem suficiente para remunerar os custos e

gerar lucro. Este é um método mais apropriado para um mercado competitivo como se tornou a locação de veículos

no Brasil”, explica o instrutor.

O curso tem duração de oito horas e visa a conscientizar de que o que vale é ter lucro e não quantidade de veículos.

Jorge Miguel ressalta a importância da participação: “Além de ser de formação específica para locação de veículos,

ensinamos a apurar o resultado e analisá-lo”. “Isso é fundamental para a saúde do setor”, conclui.