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Vinícius Lages também fala sobre as

vantagens de o brasileiro viajar pelo próprio

País, ao invés de ir para o exterior. De início,

rechaça a impressão de que os custos do

turismo interno sejam mais caros. Segundo

ele, a diferença está no planejamento. “As

viagens internacionais são intensamente

planejadas e há uma dedicação especial a

pesquisas de preço de voos, hospedagem

e tíquetes de entrada para os principais atra-

tivos, até mesmo por conta da diferença na

moeda e da expectativa com uma cultura

nova. Tenta-se prever os mínimos detalhes,

com mapas, telefones, guias de viagem, o

que é muito certo e deve valer para qual-

quer viagem que se fizer.” No seu entender,

o mesmo não ocorre nas viagens pelo Brasil.

Nesse caso, “somos extremamente imedia-

tistas, mesmo sabendo que a compra de

passagens e reserva de hotel sem alguma

antecedência pode aumentar o preço e até

mesmo inviabilizar a viagem”.

Vale ressaltar que é possível, inclusive,

comprar pacotes turísticos que incluam a

locação de veículo e pagar tudo parcelado.

Havendo planejamento, quando a viagem

for realizada, a maior parte dos custos já

terá sido paga.

O ministro esclarece: “Não acho que via-

jar para o exterior não seja bacana, até mes-

mo porque viajar é sempre uma experiência

ímpar, construtiva e até desafiadora. Mas há

uma tendência em comparar preços e quali-

dades, esquecendo-se do principal: do que

temos de mais original, do que há aqui e em

nenhum outro lugar do mundo. Um Nordes-

te que é a própria versão tropical do paraí-

so; o Norte, que tem uma das gastronomias

mais incríveis e exóticas do país; o Sul, que

é um celeiro de história, cultura, originalida-

de e tradições; o Sudeste, com uma amos-

tra integral do que há de melhor no Brasil,

do samba aos negócios; e o Centro-Oeste,

com áreas de preservação de flora e fauna

tão ricas e raras. De diversidade, definitiva-

mente, não podemos reclamar”. No seu en-

tendimento, porém, luxo mesmo é conhecer

o seu próprio país.

E conclui: “Eu poderia enumerar muitos

motivos pelos quais acho elegante, diver-

tido e autêntico viajar pelo Brasil. Há mais

um, que não posso deixar de mencionar:

é a nossa identidade que nos coloca no

mundo. Precisamos mostrar aos brasileiros

que há um mundo inteiro a visitar dentro do

nosso país”.

Ao falar mais sobre as perspectivas do

turismo para este ano, Vinícius Lages diz

que “entre as principais diretrizes de atua-

ção do governo federal estão a busca pela

inserção do turismo na agenda econômica;

a conectividade aérea, marítima, fluvial e

terrestre; as parcerias intersetoriais estraté-

gicas e a reaproximação da iniciativa priva-

da e governos locais”. Também fazem parte

do planejamento “a mudança no modelo

de investimento e de promoção do destino

Brasil, o novo olhar sobre educação e qua-

lificação no setor e a abertura para novos

mercados e negócios”.

Para o turista internacional, o Brasil é um país moderno e demo-

crático e em franco desenvolvimento. Uma nação jovem, alegre,

acolhedora e em ascensão não só no turismo, mas em áreas de alta

competitividade no mundo – como indústria e tecnologia.

Segundo o Ministério do Turismo, essa imagem é resultado de um

árduo trabalho desenvolvido pela Embratur nos últimos anos.

“Depois da Copa, a satisfação com a experiência dos estrangeiros

por aqui ficou ainda mais nítida. Em pesquisa realizada durante o

campeonato, cerca de 85% dos turistas internacionais que vieram

ao Brasil afirmaram que a visita superou ou atendeu plenamente

às expectativas. Além disso, 95,3% deles disseram que pretendem

voltar. Então a conclusão é muito simples: tudo o que já se sabia

e se pensava de bom sobre o Brasil pôde ser testado e provado,

de perto”, comemora Vinícius Lages. “Nossa Copa das Copas foi

elogiada unanimemente, resultando em inegável ganho de imagem,

o que aumenta a nossa responsabilidade em melhorar até mesmo

naquilo em que já somos ótimos”, complementou.

Ele também considera importante destacar que os estrangeiros sa-

bem por que seguimos como referência em turismo de sol e praia,

“uma vocação natural considerando nossos mais de 7 mil quilôme-

tros de litoral com pelo menos duas mil praias”, mas já aprenderam

que o Brasil vai muito além disso. “Aqui eles procuram ecoturismo

(temos 69 parques nacionais), turismo de negócios (somos o nono

país que mais recebe congressos e convenções internacionais), tu-

rismo rural, turismo de pesca, turismo esportivo, o turismo cultural,

religioso e por aí segue a lista”, resume o ministro.

Melhor imagem

Segundo o Ministério do Turismo, visitantes internacionais elogiaram o País e disseram que pretendem retornar