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de entrada e financiamento, além do estado
do carro e da quilometragem.
Ilídio lembra que a situação legal tam-
bém é importante. “A Fenauto recomenda
aos consumidores que exijam do vendedor
toda a documentação do veículo para che-
cagem e rastreamento de multas e outras
ocorrências. Se ele tiver o manual de pro-
prietário, melhor ainda para checar se to-
das as revisões foram feitas adequadamen-
te e se existiu algum problema anterior com
o veículo”, destaca.
Outra recomendação da entidade é que
o negócio de um veículo usado ou semino-
vo somente seja fechado depois de vistoria
presencial do carro. “Não há como avaliar
adequadamente qualquer bem que esta-
mos comprando apenas com fotos publi-
cadas na internet. A compra direta, olhando
detalhadamente o veículo, é sempre muito
mais interessante e pode trazer menos do-
res de cabeça para o consumidor.”
A Fenauto não tem dados sobre o per-
fil – sexo, faixa etária e nível de renda – do
comprador por internet. Quanto à idade
dos modelos preferidos, Ilídio diz que nor-
malmente os seminovos são os mais pro-
curados, por terem quilometragem mais
baixa e conservação melhor. “Inclusive a
garantia original de fábrica ainda é válida
em muitos casos”, diz. “Mesmo assim, tam-
bém percebe-se uma tendência de cres-
cimento na comercialização de veículos
mais antigos em determinadas regiões do
Brasil”, acrescenta.
A propósito, sobre a idade dos veículos
a Fenauto tem quatro classificações: Semi-
novos, com idade entre 0 e 3 anos; Usados
Jovens, entre 4 e 8 anos; Usados Maduros,
entre 9 e 12 anos; e Velhinhos, com 13 anos
ou mais.
Tendências
| Ao analisar as ten-
dências do comércio eletrônico de veícu-
los, Ilídio conclui que o uso da internet, pela
facilidade e pela popularização, deve cres-
cer muito nos próximos anos, fortalecendo
essa opção como uma excelente ferramen-
ta para agilizar o processo de consulta e
obtenção de informações e dados sobre o
veículo desejado.
Ele está seguro, contudo, de que “a
compra na loja física ainda está longe de
ser abolida e deve se fortalecer também
nos próximos anos pela profissionalização
cada vez maior dos revendedores, que se
utilizam também da internet para promover
suas vendas”.
Para preparar o associado, a Fenauto
proporciona “muitas ferramentas impor-
tantes para que eles se atualizem com as
principais tendências e estejam a par de
mecanismos para alavancar vendas, treina-
mentos e outras ações”.
O presidente da Fenauto ainda acres-
centa: “Desenvolvemos um extenso pro-
grama de encontros regionais com as
associações locais e revendedores, ofere-
cendo palestras e workshops abordando
diversos assuntos de interesse da catego-
ria e, também, a aproximação entre eles
para a troca de experiências”. O objetivo
é que o revendedor e toda a sua equipe
entendam essa nova dinâmica do consu-
midor e estejam devidamente preparados
para atender satisfatoriamente.
Em dezembro do ano passado, por
exemplo, a entidade realizou a 3ª edição do
Congresso Fenauto, “promovendo ampla
grade de workshops e apresentações para
oferecer munição para nossos profissionais
estarem preparados para as novas deman-
das que o mercado está impondo”, conclui
o presidente.