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A manutenção da correia dentada de um

motor de 8 válvulas, com mão de obra, cus-

ta em torno de R$ 120. Se o proprietário ig-

norar o período de troca da peça (40 mil km),

a correia pode se romper. Nesse caso, os

danos se estenderão para as válvulas e os

pistões, entre outros itens, e a manutenção

– agora corretiva – terá de envolver mão de

obra para a desmontagem do cabeçote, ele-

vando o custo total para cerca de R$ 5 mil.

Os cálculos aproximados acima são de

Roberto Barroso, superintendente comercial

e institucional do Centro de Experimentação

e Segurança Viária (Cesvi), e foram utilizados

como exemplo para esclarecer a importân-

cia de fazer manutenção preventiva. “Toda

empresa que possui uma frota e depende

dela para o bom andamento dos seus negó-

cios precisa ter um programa de manuten-

ção periódica de seus veículos, de modo a

nunca ficar na mão. No caso das locadoras,

essa gestão é fundamental: precisa fazer

parte da cultura da empresa e estar sempre

incluída no planejamento anual”, salienta ele.

Manutenção preventiva engloba a verifi-

cação de uma série de itens do veículo antes

que haja falha em seus componentes – prin-

cipalmente aqueles que apresentam des-

gaste ao longo de uma determinada qui-

lometragem ou se degradam com

o tempo, como é o caso do

óleo lubrificante. De modo

geral, cada item tem sua

periodicidade de verifi-

cação, manu-

tenção e troca determinada pelo fabricante

do veículo – constando inclusive do manual

do proprietário.

Na inspeção, os principais elementos

verificados são sistemas de suspensão,

freios, pneus, palhetas limpadoras e os flui-

dos (óleo do motor, fluido de freio, líquido

de arrefecimento). “Como você vê, trata-se

de um procedimento mais simples do que

parece. Mas, por incrível que pareça, há

muitos proprietários de veículos, e empresas

que têm frotas, que não contam com uma

programação sistemática de checagens tão

corriqueiras quanto a do óleo do veículo”,

enfatiza Barroso.

Quando fala em “muitas empresas” ele

não está se referindo às locadoras de veí-

culos, que, na sua percepção, estão tendo

uma atitude proativa que torna a sua ativida-

de ainda mais segura, antecipando-se aos

períodos apontados pelo próprio fabricante

do veículo.

Esse é um procedimento correto, informa

o superintendente do Cesvi. Afinal, depen-

dendo das condições de uso, a peça deve

ser trocada antes do vencimento de sua vida

útil. “Intervalos menores entre as manuten-

ções podem ser especialmente positivos

para empresas que têm frotas com uso mais

severo, como carregamento de carga, trá-

fego constante em estradas sem pavimento

ou com trechos íngremes, atividades em mi-

neradoras ou trânsito pesado. É o caso, por

exemplo, de uma locadora cujos veículos

circulem muito numa metrópole como São

Paulo, em que os congestionamentos do dia

a dia desgastam diversos itens do automó-

vel de uma maneira mais intensa e frequen-

te”, lembra o superintende do Cesvi.

Escolha da oficina

| Tão importan-

te quanto a manutenção é a qualidade dos

CESVI BRASIL

Antecipando-se aos prejuízos

Manutenção preventiva pode custar 40 vezes menos que a preventiva, além

de evitar maior tempo de parada nas oficinas. Importante também é escolher a

empresa para realizar a gestão da manutenção de seus veículos